Desenvolvemos nesse texto porque não votar nessa “renovação
à direita”, milionária, sonegadora de impostos e louca pela retomada das
privatizações, que o PSDB esta propondo para São Paulo.
1. O empresário da sonegação
O candidato que vangloria a meritocracia, é envolvido em um
grande esquema de corrupção internacional com sonegação de impostos, chamado
“Panamá Papers", através de uma empresa offshore, um tipo de empresa
formada em paraísos fiscais, como Panamá, feita para sonegar impostos.
Assim Dória comprou um apartamento em Miami de US$ 231 mil,
sem que a propriedade aparecesse em seu nome. Embora tenha declarado um
patrimônio de R$ 179 milhões, o candidato do PSDB omitiu o apartamento de Miami
e sua casa, em São Paulo, também foi declarada por um quarto do valor real, que
é de R$ 45,9 milhões. O tucano acumulou sua riqueza, através de corrupção e
sonegação de impostos, esse é o grande orgulho do “esforço individual” do
candidato empresário.
2. Palácio particular
Na semana em que ocorre um grande incêndio em uma favela em
Osasco, é interessante saber que o candidato do PSDB goza para si mesmo de uma
casa de 3.304 metros quadrados construídos e 7.883 metros quadrados de terreno,
com piscina e quadra de tênis, a área de lazer com campo de futebol gramado e
iluminado. Estimada em R$51 milhões (valor de IPTU e não do mercado) em bairro
nobre Jardim Europa, bairro este onde nunca ocorre incêndios. O valor real, sem
sonegação de impostos deve ser várias vezes maior que o valor que ele declara
no IPTU.
Logo no início da campanha denunciamos sua mansão nesse
vídeo:
3. Aos sem teto promete repressão
Enquanto esbanja seus luxos, Dória promete à população sem
teto e carente que “não terá nenhuma tolerância”: garantiu que movimentos de
moradia que “invadem propriedade”, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto), não terão tratamento de diálogo em sua gestão. Para o empresário moradia
não é problema, mas para mais de 2 milhões de moradores de favelas segundo
dados de 2010, os 15.905 moradores de rua em 2015 o tucano reserva-lhes a
continuidade de uma vida precária, e com muita repressão a possíveis
manifestações (como havia dito o ex-secretário de segurança pública, agora
ministro da Justiça tucano, Alexandre de Moraes).
Essa é a igualdade de direitos que o PSBD: todo culto e
defesa da grande propriedade particular, as custas da precariedade de vida de
milhões de pessoas.
4. Quer que as pessoas trabalhem de graça
Mas não esqueçamos sua “genial” proposta para as periferias:
“retomar os mutirões pelas periferias, juntando moradores para pintar paredes
de escolas, capinar pracinhas. “O nome do programa vai ser Mutirões Mário
Covas” – talvez uma homenagem ao tucano envolvido no esquema de fraude de
licitações no metrô de SP. Sem resolver os principais problemas da população,
Dória como bom empresário, propõe explorar o trabalho da população sem pagá-los
para manter os prédios públicos, trabalho que deveria ser feito por
funcionários pagos e com carteira assinada e todos os direitos.
5. Empresário, como de hábito, corrupto
Apesar do PSDB ter escolhido uma figura com pouca trajetória
política, Doria já tem casos de corrupção no prontuário: foi acusado de receber
um cheque de R$ 20 mil em dezembro de 2013 de uma empresa investigada pela
Operação Lava Jato. O nome do tucano aparece uma vez em um extrato bancário da
Link Projetos e Participações Ltda., sob suspeita do Ministério Público Federal
de ser usada pela empreiteira Engevix para pagar propina ao almirante Othon
Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear preso em 2015 pela
Força-Tarefa.
6. “Sou um empresário” rico e explorador
João Dória é o candidato mais rico de toda a eleição. Na
lista de bens estão cinco casas, nove empresas, dois Porsches, duas Pajeros,
além de obras de arte e investimentos no Brasil e nos Estados Unidos, isso no
que ele declara, imagina se contar o que está escondido na offshore da Panama
Papers. Acionista de uma produtora de televisão, da empresa de comunicação
Dória Associados e da Dória Associados Editora, que publica sete revistas de
economia, negócios e estilo de vida. Entre suas empresas estão também um
shopping center e um centro de convenções na cidade de Campos do Jordão, no interior
paulista. Um verdadeiro magnata a la Donald Trump, que sem dúvida representará
os ricos e milionários.
Dória ainda preside o LIDE (Grupo de Líderes Empresariais),
que congrega mais de 700 das maiores empresas do Brasil e representam 44% do
PIB privado do país. É acionista e presidente do conselho da Casa Cor, maior
evento de arquitetura e decoração das Américas e o segundo maior do mundo. Ou
seja, é evidente como Dória é o candidato da patronal, sustenta sua fortuna à
custa de exploração dos trabalhadores. O candidato não quis se posicionar sobre
a questão da reforma trabalhista e da previdência, “Não fujo às perguntas, mas
estou aqui como candidato a prefeito. Vou responder os temas que estão
vinculados à cidade”, para não se desgastar com os ataques do governo golpista,
sendo membro do partido eminentemente golpista como o PSDB, base de Temer e
maior entusiasta do fim dos direitos trabalhistas. Seu silêncio é a cara
hipócrita daqueles que consentem e se beneficiam.
7.São Paulo globalizada tem que ter promoção, tem que ter
“Black Friday”
Apesar de não querer se pronunciar sobre a politica nacional
e o golpe institucional, suas propostas práticas mostram o acordo completo.
Dória quer privatizar desde o sistema funerário, aos corredores de ônibus, parques
e “o que mais estiver à frente”. Estão na sua lista também o complexo
poliesportivo do Pacaembu, o parque de convenções do Anhembi e ainda a venda do
autódromo de Interlagos. Prometeu até mesmo implantar um pedágio urbano na
capital. Ligado a Alckmin, seguirá o projeto de venda de 25 áreas de pesquisa
biológica em São Paulo, criticado pelo Programa Vale do Ribeira do Instituto
Sócio Ambiental. Assim, a política deste edificante chefe de leilão é entregar
a cidade a empresários como ele, que buscam lucrar em cima da exploração do
trabalho. A privatização traz consigo a terceirização, os baixos salários e a
retirada de direito dos trabalhadores.
8. Estado mínimo para a população, e muito para empresários
O candidato defende o Estado mínimo “a Prefeitura vai vender
tudo aquilo que não for essencial para a gestão pública”. Para o mesmo a
privatização é uma mostra de que o “Estado não pode e não deve estar onde ele
não é necessário. Quem deve administrar estes locais é o setor privado”. Dória
indica que vai ser o candidato “sério” para garantir os lucros das empresas. O
“estado mínimo” encontra seu limite na repressão, que será “generosamente
distribuída a todos” (que protestarem).
A idéia de estado mínimo está colocada na entrega de todos
os bens ao setor privado e fortalecimento das forças repressivas, que vão ser
utilizadas contra a juventude pobre, negra, moradores de rua, mas também contra
as greves e lutas operarias e de juventude, que justamente colocam em questão
os lucros para os quais o Dória pretende governar. Falando nisso...
9. Repressão em dobro
Doria propõe integrar as polícias Militar e Civil à GCM
(Guarda Civil Metropolitana). Segundo a Secretaria Municipal de Segurança
Urbana, a Cetel e o Copom já estão operacionalmente integrados desde 2010. Ou
seja, a proposta de Dória vai além da já repressiva GCM. Lembremo-nos desta na
gestão Haddad (PT) retirando os cobertores e reprimindo os moradores de rua em
pleno inverno. O tucano deixa implícito nessa “integração” a possibilidade da
policia civil cumprir o mesmo papel da militar, uma das corporações mais
assassinas do mundo.
Em entrevista a CBN o empresário classificou o comportamento
da Polícia Militar nos protestos contra o impeachment de Dilma Rousseff como
“adequado”, afirmando que o “trabalho da polícia é difícil e é preciso
compreender que uma situação onde haja blackblocs a polícia tem que reagir”.
Ele afirmou que “pretende usar como modelo o governo Geraldo Alckmin e não o
entende como autoritário”. Ou seja, seguirá a mesma política de Alckmin, cuja
polícia militar foi responsável por uma em cada quatro pessoas assassinadas na
cidade de São Paulo em 2015, a maior taxa já registrada.
10. Mais dinheiro para... os empresários da saúde e do
transporte
Assim como tudo para o tucano se responde com PRIVATIZAR,
naquilo que já é privado, sempre pode se lucrar mais. A resposta às altas
tarifas de ônibus, e para evitar desgastes com a juventude e os trabalhadores
que sofrem com o transporte caro e lotado, Dória propõe aumentar o subsídio do
estado às empresas do transporte, para “não elevar as tarifas”. Atualmente, a
prefeitura paga quase R$ 2,5 bilhões às empresas. Nos últimos sete anos, os
repasses subiram em ritmo cinco vezes maior do que a inflação. O objetivo:
encher os bolsos das máfias do transporte, contra as quais batalhou a juventude
em Junho de 2013.
Para saúde, que já esta semi-privatizada com a expansão das
OSs, a proposta é fazer uma parceria com as empresas de saúde privada, para que
a população use os hospitais a noite e na madrugada (sic). Assim, Dória
encontra a chave para os empresários da saúde terem lucros também no período
noturno, quando o fluxo é menor, e a população que encontre um jeito de ir aos
hospitais pela madrugada, independente da falta de transporte e de segurança. Sem
contar o óbvio, que sua proposta não dialoga com a precariedade do serviço
público, com a população que espera meses para exames e cirurgias, mas no
programa de Dória não existe uma linha que se proponha a investir nos serviços
públicos. Claro, ele como Marta e outros candidatos não usam os serviços
públicos, o que importa para eles?
Diana Assunção, Esquerda Diário
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