Do UOL
A cinco dias do segundo turno das eleições para prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) faltou a entrevistas marcadas para esta terça (25) com a rádio "CBN" , a "TV Globo" e o site "G1", todos veículos do Grupo Globo. Crivella lidera as pesquisas de intenção de voto e disputa o cargo com Marcelo Freixo (PSOL). Tanto a rádio quanto a emissora de TV transmitiram, no tempo previsto para as entrevistas, quais seriam as perguntas feitas para o senador.
A cinco dias do segundo turno das eleições para prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) faltou a entrevistas marcadas para esta terça (25) com a rádio "CBN" , a "TV Globo" e o site "G1", todos veículos do Grupo Globo. Crivella lidera as pesquisas de intenção de voto e disputa o cargo com Marcelo Freixo (PSOL). Tanto a rádio quanto a emissora de TV transmitiram, no tempo previsto para as entrevistas, quais seriam as perguntas feitas para o senador.
De manhã, o candidato concederia uma entrevista à rádio
"CBN". Segundo o veículo, Crivella enviou um e-mail faltando nove
minutos antes das 10h, horário marcado para a conversa, avisando que não
poderia participar pois teria compromissos em Brasília --o postulante do PRB
também é senador pelo Rio de Janeiro. De acordo com a "CBN", a
entrevista havia sido marcada no dia 10 deste mês.
À noite, Crivella participaria do telejornal local
"RJTV" e, em seguida, daria uma entrevista ao "G1", mas sua
assessoria de imprensa informou que o candidato não compareceria. Em nota
enviada à Globo e à qual o UOL teve acesso, o senador afirma que, mesmo se
estivesse no Rio, não iria ao programa.
"Pela primeira vez, em função da minha indignação com a
cobertura manipuladora e tendenciosa que a Rede Globo tem feito contra a minha
candidatura, especialmente nas últimas semanas, não posso e não devo comparecer
aos estúdios da emissora. Sou um homem da paz e como prefeito, se assim o povo
decidir, vou dialogar com todos por amor ao Rio. Não guardo mágoas. É a minha
natureza. Mas peço que fique registrado meu ato de protesto e apelo a favor da
democracia e da liberdade de imprensa à altura das nossas tradições cívicas e
morais", afirmou Crivella.
Em nota, a TV Globo disse ter sido atacada por Crivella
"em termos nada respeitosos" e afirmou ser "apartidária".
"Essa postura independente de fato irrita aqueles que
preferem, em benefício próprio, que a imprensa se cale, em prejuízo dos
eleitores, que tudo devem conhecer para fazer seus julgamentos. A TV Globo sabe
que, ao cumprir essa missão, pode ser vítima de ataques, os mais violentos e
injustos. Isso já aconteceu recentemente com Jandira Feghali, do PCdoB, com o
ex-presidente Lula, do PT, com o deputado cassado Eduardo Cunha, do PMDB, e,
agora, com o candidato Crivella, do PRB, de colorações ideológicas tão
diferentes", diz a nota da emissora.
Até o momento, a presença de Crivella no debate promovido
pelo canal na sexta (28) está confirmada. Segundo a Globo, "se um dos
candidatos faltar ao debate, o seu lugar permanecerá vazio com uma placa que o
identifique. O candidato presente pode contar ao público as duas perguntas que
faria, caso o outro candidato estivesse presente. Neste caso, ele terá trinta
segundos para relatar cada pergunta. Em nenhuma hipótese a pergunta ou o
comentário poderá conter ofensas pessoais ou agressões ao candidato ausente. Se
isto ocorrer, a sua palavra será cortada imediatamente. Relatadas as perguntas,
segue-se uma entrevista de 20 minutos com o candidato presente".
O candidato também tem marcada para quinta-feira (27) no
jornal "O Globo". Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa
de Crivella disse que a participação ainda não está confirmada.
Crivella é sobrinho de Edir Macedo, dono da TV Record e
líder da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus), da qual o candidato também é
bispo licenciado.
No domingo (23), durante caminhada na zona sul do Rio,
Crivella atacou veículos de imprensa que publicaram reportagens desfavoráveis a
ele nos últimos dias. Segundo o candidato, a revista "Veja" fez uma
capa "sob encomenda" e o jornal "O Globo" publicou
"uma piada" como manchete. Ele também classificou a TV Globo como
"a inimiga jurada" da sua campanha.
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