Diante da derrota de todas as estratégias regimentais para
barrar o avanço da reforma trabalhista, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
resolveu transformar o plenário da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em
palco de baixaria para tentar evitar a leitura do parecer do senador Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) nesta terça-feira.
Aos berros e com o dedo em riste, o petista partiu para cima
do relator quando ele ia iniciar a apresentação do relatório. O senador
Fernando Bezerra (PSB-PE) teve de segurar Lindbergh.
“Não vai ler, não vai ler”, gritava o parlamentar, fazendo
movimentos frenéticos com os braços. Com os ânimos acalorados, os senadores
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) também entraram na
confusão e quase chegaram às vias de fato.
Na sequência, o petista estendeu a cena para a tribuna da
comissão. “Quem acaba aqui sou eu. Não pode ser no grito”, respondeu Tasso
Jereissati (PSDB-CE), presidente do colegiado.
Lindbergh, acompanhado de outros parlamentares da oposição,
continuou com a confusão até a sessão ser suspensa por tempo indeterminado. “Eu
não vou ser agredido dessa maneira aqui”, lamentou Jereissati.
Ricardo Ferraço
classificou o episódio como primitivo. “O que nós assistimos aqui foram gestos
grotescos, toscos, de quem não está acostumado com o debate e, não tendo
argumento, parte para a violência”, disse o relator.
Do Blog Maquiavel, VEJA
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