quarta-feira, 24 de maio de 2017

O BARRACO DE LINDBERGH

Diante da derrota de todas as estratégias regimentais para barrar o avanço da reforma trabalhista, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) resolveu transformar o plenário da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em palco de baixaria para tentar evitar a leitura do parecer do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) nesta terça-feira.
Aos berros e com o dedo em riste, o petista partiu para cima do relator quando ele ia iniciar a apresentação do relatório. O senador Fernando Bezerra (PSB-PE) teve de segurar Lindbergh.
“Não vai ler, não vai ler”, gritava o parlamentar, fazendo movimentos frenéticos com os braços. Com os ânimos acalorados, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) também entraram na confusão e quase chegaram às vias de fato.
Na sequência, o petista estendeu a cena para a tribuna da comissão. “Quem acaba aqui sou eu. Não pode ser no grito”, respondeu Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente do colegiado.
Lindbergh, acompanhado de outros parlamentares da oposição, continuou com a confusão até a sessão ser suspensa por tempo indeterminado. “Eu não vou ser agredido dessa maneira aqui”, lamentou Jereissati.
 Ricardo Ferraço classificou o episódio como primitivo. “O que nós assistimos aqui foram gestos grotescos, toscos, de quem não está acostumado com o debate e, não tendo argumento, parte para a violência”, disse o relator.
Do Blog Maquiavel, VEJA

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