sábado, 28 de julho de 2018

LAMPIÃO, 80 ANOS DEPOIS

Do O POVO

Em 29 de julho de 1938, o New York Times publicou que "one-eyed Lampeão", "one of the most ruthless killers of the Western World, havia sido morto. O mais prestigioso jornal do mundo se referia ao "Lampeão de um olho só" como "um dos mais temíveis cangaceiros do mundo ocidental".
Na orelha do livro do historiador Billy Jaynes Chandler, que escreveu o que talvez seja a mais importante obra sobre o cangaceiro, é dito: "O que Jesse James foi para os Estados Unidos, Lampião foi para o Brasil, e até mesmo em dose mais forte". Soaria provinciano, não fosse a obra de um americano.
Passados 80 anos, não se tem a dimensão do interesse e curiosidade mundiais despertados pelo chefe de um bando criminoso que nunca pisou numa capital de estado e restringiu suas atividades às regiões mais pobres de um País então ainda mais periférico. Durante 16 anos, foi o criminoso mais temido, procurado e também admirado dos sertões. Não há paralelo em trajetória tão duradoura e bem-sucedida nesse tipo de atividade.
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Ao longo dos 16 anos nos quais foi o principal criminoso dos sertões, Virgolino Ferreira da Silva acumulou muitos inimigos que o combateram com destemor e empenho. Para desgosto de vários deles, Lampião  veio a morrer pelas mãos de alguém que não era referência de coragem nem honestidade, era suspeito de colaborar com os cangaceiros e liderou o ataque em Angicos quase por acaso. Leia mais
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Os itinerários de Lampião demarcam um mapa próprio de violência pelos sertões. Certa feita, chegou a declarar que sonhava ser governador. Gostaria de administrar um novo estado sertanejo, formado com parcelas de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Nunca pisou em capital alguma. Com ferramenta de georreferenciamento do Google, o mapa abairo elenca 84 momentos da vida do maior dos cangaceiros, situados conforme a localização geográfica. Separado por cores e camadas, o mapa mostra episódios de guerra e paz marcantes na trajetória. E dá a noção da extensão do terror que varreu os sertões. Leia mais
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