Com um ano de idade,
foi para Ilhéus, onde passou a infância. Fez os estudos secundários no Colégio
Antônio Vieira e no Ginásio Ipiranga, em Salvador. Neste período, começou a
trabalhar em jornais e a participar da vida literária, sendo um dos fundadores
da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu
primeiro romance, O país do carnaval, em 1931. Casou-se em 1933, com Matilde
Garcia Rosa, com quem teve uma filha, Lila. Nesse ano publicou seu segundo
romance, Cacau.
Formou-se pela
Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em 1935. Militante comunista,
foi obrigado a exilar-se na Argentina e no Uruguai entre 1941 e 1942, período
em que fez longa viagem pela América Latina. Ao voltar, em 1944, separou-se de
Matilde Garcia Rosa.
Em 1945, foi eleito
membro da Assembléia Nacional Constituinte, na legenda do Partido Comunista
Brasileiro (PCB), tendo sido o deputado federal mais votado do Estado de São
Paulo. Jorge Amado foi o autor da lei, ainda hoje em vigor, que assegura o
direito à liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, casou-se com Zélia
Gattai.
Em 1947, ano do
nascimento de João Jorge, primeiro filho do casal, o PCB foi declarado ilegal e
seus membros perseguidos e presos. Jorge Amado teve que se exilar com a família
na França, onde ficou até 1950, quando foi expulso. Em 1949, morreu no Rio de Janeiro
sua filha Lila. Entre 1950 e 1952, viveu em Praga, onde nasceu sua filha
Paloma.
De volta ao Brasil,
Jorge Amado afastou-se, em 1955, da militância política, sem, no entanto,
deixar os quadros do Partido Comunista.
Dedicou-se, a partir
de então, inteiramente à literatura. Foi eleito, em 6 de abril de 1961, para a
cadeira de número 23, da Academia Brasileira de Letras, que tem por patrono
José de Alencar e por primeiro ocupante Machado de Assis.
A obra literária de
Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além
de ter sido tema de escolas de samba em várias partes do Brasil. Seus livros
foram traduzidos para 49 idiomas, existindo também exemplares em braile e em
formato de audiolivro.
Jorge Amado morreu
em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi cremado conforme seu desejo, e
suas cinzas foram enterradas no jardim de sua residência na Rua Alagoinhas, no
dia em que completaria 89 anos.
A obra de Jorge
Amado mereceu diversos prêmios nacionais e internacionais, entre os quais
destacam-se: Stalin da Paz (União Soviética, 1951), Latinidade (França, 1971),
Nonino (Itália, 1982), Dimitrov (Bulgária, 1989), Pablo Neruda (Rússia, 1989),
Etruria de Literatura (Itália, 1989), Cino Del Duca (França, 1990),
Mediterrâneo (Itália, 1990), Vitaliano Brancatti (Itália, 1995), Luis de Camões
(Brasil, Portugal, 1995), Jabuti (Brasil, 1959, 1995) e Ministério da Cultura
(Brasil, 1997).
Recebeu títulos de
Comendador e de Grande Oficial, nas ordens da Venezuela, França, Espanha,
Portugal, Chile e Argentina; além de ter sido feito Doutor Honoris Causa em 10
universidades, no Brasil, na Itália, na França, em Portugal e em Israel. O
título de Doutor pela Sorbonne, na França, foi o último que recebeu
pessoalmente, em 1998, em sua última viagem a Paris, quando já estava doente.
Jorge Amado
orgulhava-se do título de Obá, posto civil que exercia no Ilê Axé Opô Afonjá,
na Bahia.
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