Bolsonaro diz que país ganhará “guerra da informação” sobre
Amazônia
Em discurso realizado em solenidade na Academia Militar das
Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro, de entrega de Espadins a
411 cadetes do 1º ano, o presidente Jair
Bolsonaro disse que o Brasil tem um compromisso “com esse rico e
sagrado pedaço de terra” que é a Amazônia e
criticou todos aqueles que tentam tirar a soberania dessa região.
Nos últimos dias, o mandatário recebeu críticas da
comunidade internacional sobre sua política ambiental e sobre os dados
sobre desmatamento, que culminaram com a demissão do diretor
do Inpe Ricardo Galvão e com a suspensão de repasses de recursos da Alemanha e
Noruega para o Fundo Amazônia.
“Nós temos um compromisso com esse pedaço de terra, mais
rico e sagrado do mundo (Amazônia)”, disse o presidente em seu discurso.
Segundo ele, alguns países – sem citar nominalmente a Alemanha e a Noruega –
estão tentando ganhar a guerra da informação, a fim de que o Brasil perca a
soberania sobre essa área.
“Mas vamos ganhar essa guerra da informação”, emendou,
destacando que não há honra, gratidão ou satisfação maior do satisfação maior
do que “nossa missão cumprida”.
Nos últimos 22 anos (1995 a 2016) o Brasil foi saqueado e
transformado num anão em suas relações internacionais. Enéas Carneiro, Sargento
do Exército e Médico, nos dá a certeza da urgência de nos preocuparmos com a
rica e cobiçada Amazônia”, disse Bolsonaro em seu post.
No breve pronunciamento na cerimônia ocorrida em Resende, no
Rio de Janeiro, o presidente voltou a falar no processo sucessório na
Argentina, onde o atual presidente e aliado, Mauricio Macri, perdeu as
primárias para a chapa de oposição, liderada por Alberto Fernández e que tem a
ex-presidente Cristina Kirchner como vice, e pode não ser reeleito no pleito de
27 de outubro. “Pedimos a Deus que a Argentina saiba proceder através do povo
para não retroceder”, destacou.
Entre as autoridades presentes ao evento da manhã deste
sábado na Aman, em Resende, estavam o presidente do Senado, Davi Alcolumbre
(DEM), do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, e os governadores do Rio, Wilson Witzel (PSC), de São
Paulo, João Dória (PSDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM).
Do Estadão Conteúdo, via EXAME
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