quarta-feira, 21 de agosto de 2024

MORRE DIANA

Mauro Ferreira, blog POP & ARTE, g1

 OBITUÁRIO – Cantora e compositora carioca de temperamento quente, Diana foi uma das vozes mais populares da canção sentimental brasileira da década de 1970.

Falo da canção habitualmente rotulada de cafona pelas elites culturais, mas amada pelo povo que tornou o álbum Diana, lançado pela artista em 1972, um dos blockbusters daquele ano no mercado fonográfico nacional por conta de sucessos como Ainda queima a esperança (Raul Seixas e Mauro Motta, 1972) e Porque brigamos, versão em português de I am.. I said... (Neil Diamond, 1971) escrita por Rossini Pinto (1937 – 1985).

Na certidão de nascimento, constava o nome de Ana Maria Siqueira Iorio (2 de junho de 1948 – 21 de agosto de 2024). Em anos recentes, a cantora acrescentou um h ao nome artístico e passou a se apresentar como Dianah.

Mas foi mesmo como Diana, sem o h, que o Brasil conheceu a cantora que foi morreu aos primeiros minutos desta quarta-feira, 21 de agosto, aos 76 anos, após ser encontrada pelo filho André Iorio já sem sinais vitais onde dormia na casa em que vivia no município fluminense de Araruama (RJ).

Anunciada por André nas redes sociais, a morte de Diana foi confirmada pela prefeitura de Iguaba Grande (RJ), cidade vizinha, para onde Diana foi encaminhada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para tentar ser reanimada. A exata causa da morte não foi informada, mas suspeita-se que a cantora tenha sofrido ataque cardíaco enquanto dormia.

No período de auge artístico, Diana foi casada com o cantor e compositor Odair José, com quem tinha ruidosas brigas que paravam nas manchetes de jornais e revistas. Juntos, Diana e Odair fizeram a canção Foi tudo culpa do amor (1974), lançada há 50 anos na voz da cantora.

A partir dos anos 1980, a carreira de Diana perdeu impulso, mas a artista nunca deixou de fazer show, sobretudo na região nordeste.

A cantora gravou eventualmente álbuns com músicas inéditas, mas foram os sucessos da década de 1970, revividos por sucessoras como Barbara Eugenia, que mantiveram o nome de Diana na mídia, reiterando o fato de a artista ter sido uma das vozes referenciais da canção sentimental brasileira daquela década áurea.

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