Garotinho e Rosinha são presos por suspeita de
superfaturamento de R$ 1 bilhão
Rio - O Ministério Público estadual (MPRJ) prendeu, na manhã
desta terça-feira, os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha
Matheus durante uma operação que investiga o superfaturamento de R$ 1
bilhão em contratos de construção de casas populares em Campos dos Goytacazes,
no Norte Fluminense. Os dois foram presos em casa, no Flamengo, na Zona Sul do
Rio, e foram levados para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte.
Além dos ex-governadores, também são alvos da Operação
Secretum Domus, como foi batizada, Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo
Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha.
Eles também são alvos de mandados de busca e apreensão, que estão cumpridos em
Campos e na capital.
Durante as investigações, o Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Caeco) do MPRJ descobriu irregularidades em
contratos firmados com a construtora Odebrecht nos
programas Morar Feliz I e Morar Feliz II durante
os dois mandatos de Rosinha como prefeita de Campos (2009-2016).
De acordo com o MPRJ, uma das licitações superfaturadas
foi para a construção de 5.100 casas do Morar Feliz I em outubro de 2009
(contrato nº 306/2009), além da urbanização dos respectivos loteamentos. O
valor do contrato assinado foi de R$ 357.497.893,43, além de
aditivos.
Já durante o segundo mandato de Rosinha, um nova licitação
foi feita nos moldes da primeira para a construção de 4.574 casas
pelo valor inicial de R$ 476.519.379,31, no Morar Feliz II, de fevereiro
de 2013 (85/2013).
Ainda segundo o MPRJ, ambos os editais de licitação tinham
cláusulas extremamente restritivas, para que a Odebrecht fosse a vencedora dos
contratos.
Durante estudos técnicos, o MPRJ constatou superfaturamento
de R$ 29.197.561,07 do Morar Feliz I e R$ 33.368.648,18 do Morar Feliz II.
Em atualização
Nenhum comentário:
Postar um comentário