A Operação Castelo de Areia realizada pela Polícia Federal na construtora Camargo Corrêa prendeu 10 pessoas da empreiteira por doação ilegal a partidos políticos, remessa ilegal de dólares, superfaturamento em obras públicas e lavagem de dinheiro. A PF menciona sete partidos políticos que podem ter recebido doações ilegais da Camargo Corrêa nas eleições de 2008. São mencionados os partidos: PSDB, PPS, PSB, PDT, DEM, PP e o PMDB do Pará, que, de acordo com a investigação, teria recebido R$ 300 mil. Os valores supostamente recebidos pelos demais partidos não foram mencionados.
Segundo o texto da PF esse dinheiro foi feito por intermédio direto ou indiretamente pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) que tem como presidente, Paulo Skaff. Além das doações a PF investiga a saída de dinheiro para fora do Brasil.
O DEM, o PSDB e o PPS se manifestaram e negaram fazerem parte desse esquema. O DEM se disse por meio do senador Agripino Maia (RN) que as doações recebidas da Camargo Corrêa foram feitas legalmente e estão registradas na contabilidade do partido e mostrou recibos.
O PSDB também por meio de nota afirmou que as doações recebidas pela Camargo Corrêa em campanhas foram feitas como determina a lei conforme declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral e que estão disponíveis na internet.
Já o PPS disse que não recebeu doação de nenhuma da construtora Camargo Corrêa e por meio de nota a Direção Nacional do partido afirma: "A Direção Nacional do PPS esclarece que não recebeu nenhuma doação da construtora Camargo Corrêa e repudia o uso político da Polícia Federal pelo governo Lula para tentar atingir os partidos de oposição", afirma o PPS em nota oficial.
Em meio a esse castelo de areia é impressionante o PT não ser citado, talvez tenha sentido o que o PPS diz quando classifica como uso político da Polícia Federal para tentar atingir quem se opõe ao Governo Federal, se é que há oposição no Brasil nesse momento político que vivemos desde janeiro de 2003. A citação da FIESP no meio desse castelo, as palavras da Direção Nacional do PPS fazem sentido.
Pra quem não mora em São Paulo não vai estar à parte dos bastidores da política paulita; Paulo Skaff que é presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo é um dos nomes citados para concorrer ao governo paulista nas eleições de 2010 por um partido ainda a definir, seria pelo PSDB, mas não há nada de concreto, a única certeza é que não será pelo PT. Diante dos ocorridos nos últimos dias com essa operação da PF faz sentido citarem a FIESP e não ouvirem nas gravações o nome do PT como um dos agraciados com as doações da Camargo Corrêa.