sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
FELIZ 2011 !!!
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
ENTREVISTA: ADAUTO BEZERRA
O blog Sou Chocolate e Não Desisto reproduz a entrevista do ex-governador do Ceará, Adauto Bezerra, concedida ao jornal O Povo em outubro deste ano, após as eleições. Aos 84 anos, com vários mandatos de deputado estadual, federal e 35 anos após ter assumido como governador do Ceará, Adauto Bezerra continua firme e forte. É um ícone da política cearense.
O POVO - Vamos começar a entrevista já falando sobre o senador Tasso Jereissati?
Adauto Bezerra - Eu poderia dar uma ideia? Por que não começamos lá do passado?
OP - Claro. Pois por qual parte o senhor quer começar?
Adauto – Comecei minha vida pública quando fui eleito pela primeira vez em 1958.
OP – Qual era o partido?
Adauto - UDN (União Democrática Nacional). Aí vieram os governos Parsifal Barroso, Virgílio Távora, Plácido Castelo, veio César Cals, o Adauto Bezerra, Virgílio de novo, Gonzaga Mota...
OP – Aí veio a eleição que o senhor disputou com o Tasso, em 1986.
Adauto – Lembro que quando saí do governo fui deputado federal. Vim ser vice do “Totó” (ex-governador Gonzaga Mota, 1983-1987).
OP – Como o senhor virou político?
Adauto – No meu caso, foi um acaso. Eu era tenente e meu irmão Humberto também. Servíamos em Recife. A campanha era a de 1954. Meu pai foi vereador, presidente da Câmara de Juazeiro do Norte. O candidato à época era meu padrinho José Geraldo da Cruz. Em maio, plena campanha, meu pai teve um infarto. Foi fulminante, ele morreu. Daí, o Zé Geraldo, que era o prefeito, estava em Recife e foi à minha procura e do Humberto. “Perdi a minha campanha, meu compadre acaba de morrer e não tenho mais pra onde sair. Talvez tenha até que desistir”. Eu e Humberto conversamos: “vamos honrar o compromisso do pai”. A vitória foi maravilhosa. Como éramos gêmeos, viramos “Os Bezerras”, “Os meninos”, “Os tenentes” que ganharam a eleição. Aí começou o nome a entrar na onda da especulação.
OP – Quantos anos tinha?
Adauto – 28 anos. Era primeiro tenente. O Zé Geraldo, eleito prefeito e empossado, venho transferido para Fortaleza e ele me pediu para ajudar e eu ser o ponto de contato dele (em Fortaleza) para a prefeitura. No final disse “meu afilhado, você vai ser deputado. Juazeiro não tem deputado”. Já tinha sido promovido a capitão, 29 anos, meu nome cresceu na cidade. Não tinha experiência. Pra surpresa minha fui o mais votado de Juazeiro.
OP – A que o senhor atribui ter sido o mais votado?
Adauto – Meu pai. “É o filho do Zé Bezerra”. Comprei um Jeep 1954. Rodei todo o Cariri, distrito por distrito, só voltava à noite. Geralmente ia fardadinho. O Jeep parava, eu ficava em pé. Daqui a pouco tinha 20 pessoas e eu dava o recado. A UDN elegeu 16 e fui o oitavo mais votado. Na segunda eleição, já fui o mais votado do Estado. Na terceira, mais votado. Na quarta, o mais votado. Na escolha para governador, veio o Petrônio Portela (político piauiense) sondar quais seriam os melhores candidatos para levar ao presidente Geisel. Era 1974. Fui escolhido. A comunicação foi por telefone.
OP – A comparação pode parecer esdrúxula, mas o senhor vê alguma semelhança na carreira política dos irmãos Adauto e Humberto e dos irmãos Cid e Ciro?
Adauto – Pode até parecer. É que eu e o Humberto somos iguais em tudo. Às vezes, num almoço, eu com meu prato e ele afastado, quando terminamos, o que estava no meu prato estava no dele. Somos irmãos quase siameses. Eles às vezes destoam. Você não vê que o Ciro é mais língua solta? Ao passo que o Cid é calmo, tranquilo, sereno, ouve muito, fala pouco. É o comportamento de cada um.
OP – Qual é a sensação de perder uma eleição?
Adauto – Sempre tive uma vida pensando no melhor e também no pior. Sabendo subir a escada degrau por degrau, e sabendo que depois do último degrau você tem que descer. Tem que saber a hora certa. Quando não sabe, o próprio tempo se encarrega de dizer. Tive 32 anos de mandato, deputado federal, estadual, governador e vice-governador. Dei a minha cota. Outro veio. Veio o Tasso. E faço justiça: até a minha época, a política era mais de clientelismo.
OP – O senhor aceita a crítica?
Adauto – Eu fiz, fiz. É autocrítica. Vamos raciocinar. Você é um prefeito, mora a 400 km de Fortaleza e quer falar com o governador. É barrado, não entra. Nunca fiz isso, mandava entrar. Podia atrasar, ficava esperando, mas atendia. E todos pediam um empregozinho. Era a professora, o delegado, servente, vigia, essas coisas. O Tasso fez uma inovação. “Sou administrador, cada prefeito cuide de sua administração e eu vou fazer a minha”. Ficou meio distante, se isolou. Vamos reconhecer, ele foi um bom governador, um bom senador. Não posso deixar de reconhecer.
OP – O senhor votou nele?
Adauto – A minha idade... (Risos) Eu fui dispensado.
OP – Era o momento de Tasso ter sido alijado de um cargo público?
Adauto – Não. Acho que ele é muito jovem para dizer “vou desistir, não quero mais, vou cuidar dos meus netos”. Eu não diria isso. Ele pode aparecer de novo na crista da onda e voltar a ser governador, senador. Pra que dizer isso?
OP – O senhor acha que ele disse isso por mágoa?
Adauto – Ele começou com 60 e poucos por cento e caiu, seguiu numa linha de descida. Ele sempre foi muito ligado aos Ferreira Gomes. E no final os dois não votaram nele. Deve ter ficado com algum ressentimento. O próprio Lúcio também, poderia estar unido. Mas isso é um direito de todos. Ninguém quer ficar subordinado a vida inteira. Quer autonomia. Isso é natural de toda atividade.
OP – O Tasso perdeu para o Lula?
Adauto – Foi.
OP – É histórico na política do Ceará quando o Gonzaga Mota passa para o outro lado e resolve apoiar Tasso. Seria similar a hoje?
Adauto – Eu era o vice-governador e disse muitas vezes “Gonzaga Mota, você é governador porque o Virgílio indicou seu nome. A força era dele”. “Mas Adauto, eu quero ter meu partido, quero ser um chefe político também”. “É um direito seu, mas não dá para você conviver sem rompimento?”. “Mas o Virgílio não me dá espaço”. “Fique à vontade, eu fico com o Virgílio porque comecei com ele e vou começar com ele”. “Mas Adauto, poderíamos ficar nós dois”. “Não, se você quiser ficar, vamos ficar os três”. Ele dizia: “faço todo acordo com você, não quero é com o Virgílio no meio”. “Então você não me terá porque não vou abandonar o Virgílio”. Meu pai começou com o pai do Virgílio, comecei com o Virgílio, por que eu iria largar esse homem? Não havia perigo.
OP – Que leitura o senhor faz desse cenário, onde está se consolidando um grupo muito forte politicamente, o dos Ferreira Gomes?
Adauto – O pessoal diz que o ciclo de poder não ultrapassa 20 anos. Quando se chega aos 20 anos de poder, tem 20 de realizações. Não passou 20 anos de graça, porque foi julgado 20 anos. Aí chegou a época de não ser mais reeleito. Acabou? Não. As obras vão falar. Tasso não é um homem para voltar a ser enclausurado. O que faltou? Comunicação.
OP – O senhor chegou a manter contato com o Tasso?
Adauto – Não telefonei porque poderia pensar “o Adauto me telefonar na hora da minha derrota?”, “será que é vingança do Adauto dizer isso, porque eu o derrotei?”. Não se trata disso. Olha o que falei, grande governador, grande senador. Acho que não era a hora da substituição dele. Ele ainda tem muito o que fazer. Chegou a hora de descer a escada.
OP – E o que o senhor acha dos novos senadores?
Adauto – Peço a Deus que eles (José Pimentel e Eunício Oliveira, eleitos) se comportem muito bem, que pelo menos cheguem ao que o Tasso chegou, por ter representado muito bem o Estado. E o Cid, digo a vocês, ninguém melhor do que ele para governar o Estado atualmente.
OP – Se o senhor tivesse votado nessa eleição, teria sido nele?
Adauto – Com toda certeza. Quer ver o telegrama que mandei pra ele? (Pede à secretária o telegrama. Quando o gravador é religado, começa contando uma história ocorrida em sua sala). Veio um deputado aqui, tive pena dele. Ô baixinho pra trabalhar.
OP – Quem é?
Adauto – Heitor Férrer (deputado estadual reeleito, do PDT). Esse rapaz chegou aqui com um pacotinho de santinhos na mão. Um por um, entregando. “Mas Heitor, o que é isso?”. “Minha campanha é essa, não tenho dinheiro, não tenho nada. Tudo que consegui até agora foram R$ 12 mil”. Aí dei uma ajuda pra ele. Esse menino pulou (levanta as mãos), “coronel, o senhor me salvou”. É um rapaz sério, bom deputado. É de oposição, mas não é por oposição. Dá o fato.
OP – Quem mais o senhor ajudou?
Adauto - Meu sobrinho José Arnon (deputado federal reeleito, do PTB).
OP – O Cid veio pedir ajuda?
Adauto – Não.
OP – O Lúcio Alcântara veio?
Adauto – Estou meio distante dele. Não veio, não.
OP – Marcos Cals apareceu?
Adauto – Quero muito bem àquele rapaz. Deveria ter sido preparado para ser o candidato, mas o pegaram de última hora e jogaram dentro do rio que só tinha piranha. (Exibe o telegrama enviado a três candidatos e pede que seja lido).
OP – (O primeiro foi para Cid Gomes) “Sua reeleição é fruto de um trabalho feito com inteligência, espírito público, honestidade e competência. Parabéns”. (O segundo foi para Heitor Férrer) “Mais uma vez seu trabalho é reconhecido pelo povo que você representa com seriedade, espírito público, honestidade e competência. Parabéns”. (O terceiro, para Tin Gomes, vice-prefeito de Fortaleza, eleito deputado estadual, do PHS). “Faço votos que seu espelho na Assembleia seja meu grande amigo João Frederico”.
Adauto – Era o pai dele, foi meu colega deputado e era um grande deputado. É isso. Puxei saco de alguém aqui?
OP – Quando foi acusado de fazer parte das “forças do atraso” (em 1986), como se sentiu?
Adauto – O Ciro era o mais cáustico sobre isso. O Tasso também usou. Eu aguardei...
OP – Preferiu ouvir calado?
Adauto – Eu aguardei... (faz uma pausa) e esperei o tempo passar. Mas um dia, lá no meu apartamento, chega o Ciro. Foi pedir para eu fazer parte do apoio ao irmão dele, o Cid. “Vou apoiar”. Na primeira eleição do Cid (ao governo estadual, em 2006).
OP – Qual foi sua reação?
Adauto – “Vou apoiar, vou trabalhar. Rapaz muito bom”. E trabalhei muito (principalmente na região do Cariri). Não guardo ressentimento de nada. A vida é curta, você tem que pensar no melhor, fazer o bem. Vou ficar com rancor e ódio? Aquilo faz mal a mim.
OP – O senhor deixou de ajudar quem o criticou?
Adauto – Nunca entrou uma pessoa aqui para dizer “coronel, me dê uma ajuda para comprar um remédio” e eu não dar. Quer saber quantas pessoas eu abasteço com remédio? (Volta a chamar a secretária). Chega doente, pra fazer cirurgia, comprar remédio, mas eu dou o remédio. Não dou o dinheiro. Chegam pessoas que todo mês a gente dá remédio pra elas. (Pergunta para sua secretária, Tercimar) É você que compra?
Tercimar – Sou eu que compro. E o senhor que paga (risos).
Adauto – Tem um bocado.
Tercimar – No mínimo quatro semanalmente.
Adauto – Tem até mulher de deputado. É mensalidade mesmo. Porque se a gente não der, morrem. Todos são casos de câncer.
Tercimar – Vêm pedidos de ajuda, de gás, passagens...
OP – Parece que o senhor ainda não deixou de ser governador?
Adauto – (Risos) Não. A minha sala é cheia toda vida?
Tercimar – Constantemente. Agenda, então, lotada.
OP – Quando o senhor encontrou com o Ciro, lembrou a ele que tinha sido chamado de força do atraso? Ele pediu desculpas?
Adauto – Não, nunca pediu desculpas. Para mim o assunto nunca existiu. O assunto que ele levou lá era eu apoiar o irmão dele.
OP – Em algum momento teve vontade de revidar?
Adauto – A única coisa que eu e meu irmão temos um pouco de diferença é o temperamento. Ele me chama de “irmã Paula”, porque tudo que vem aqui eu procuro ajudar. Ele não. Eu não fui atrás dele, ele veio à minha procura.
OP - Como avalia o governo Lúcio?
Adauto – O Lúcio? (Pausa) É o seguinte: o Lúcio é inteligente. Como senador, bem melhor que como governador. Porque governador tem que ter decisão. Certo ou errado, quem decide é o governador. O Lúcio é mais “vamos deixar, vamos ver, se for possível a gente faz”. Não é meu sistema.
OP – E a Era Lula?
Adauto – O Lula foi e é um bom presidente. O Lula fez a estabilidade econômica do País. O Lula fez com que o empresário pudesse trabalhar com mais tranquilidade. Os bancos do Nordeste e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) puderam injetar mais recursos gerando mais riqueza e mais emprego. Ninguém pode negar, foi um bom presidente.
OP – Quais são seus afazeres, normalmente?
Adauto – Às sete e meia estou na Santa Casa. Às 9h30min aqui (no Bic Banco). Saio ao meio-dia. Vou pra casa almoçar. Às duas, volto e dou o segundo expediente aqui. Às cinco e meia, a massagista vai lá ou vou na academia. Ou então vou caminhar.
OP – Na Beira Mar?
Adauto – Beira Mar. Mas não levo segurança comigo, não.
OP – Vai só?
Adauto – Vou. Quem quiser pegar um velho de 84 anos pode vir. Não vou correr (risos). Só vou pedir “não precisa bater, o que você quer...”.
OP – O senhor não tem medo de ser sequestrado?
Adauto – Eu? De jeito nenhum. Não adianta, querendo sequestrar não há quem evite.
OP – Coronel, tenho curiosidade num assunto bastante delicado para sua família.
Adauto – Não, tudo bem.
OP – É a sobre a morte de sua sobrinha Ana Amélia (assassinada no Paraguai, em agosto de 2002). O episódio foi fatalidade, tentativa de sequestro? Houve algo mais além do que veio a público?
Adauto – As Polícias do Paraguai e daqui apuraram. Mas chegaram à conclusão que quiseram parar o carro para roubar. Tentativa de assalto. Quando meteram o tiro, era para o carro parar e fazer o assalto, mas acertou a menina.
OP – Aceitaram como fatalidade?
Adauto – Fatalidade.
OP – A família contratou alguém para investigar lá?
Adauto – Se tem sabido quem era, cabôco tinha morrido. Tinha. Trazia pra cá, ia fazer o enterro bonito dele.
OP – Chegaram a dizer alguma vez que o senhor estava em lista de sequestrável?
Adauto – Eu? (risos) A Polícia Federal pegou uma gravação entre pistoleiros. Um dizia pro outro: “Ninguém vai se meter com os coronéis. Porque eles são bons e não tem problema nenhum. Ninguém pode mexer lá com eles”. Foi a notícia que me chegou.
OP – Alguém pensou em sequestro, mas outro descartou logo.
Adauto – Sou muito amigo do Mainha (Ildefonso Maia Cunha, condenado por homicídios no Ceará, que hoje cumpre pena em regime aberto). Muito amigo não, conheço o Mainha. Nos apertos ele vem aqui. Ou vai em Guaramiranga. Não é muito melhor se ter uma fonte de informação como o Mainha do que ter um inimigo como o Mainha? Sabe como ele se identifica (à secretária)? Professor Diógenes.
OP – Como compara a criação de seus primeiros filhos e do filho mais novo, de nove anos?
Adauto - Os mais antigos, eu cometi um erro grande, porque me dediquei demais à política e esqueci um pouco a criação deles. Com esse agora, não. Ele é muito ligado a mim. Ele viajou e, para cada dia, deixou uma mensagem pra mim. No café da manhã está lá a mensagem dele. Não é bom?
OP – O senhor se sente bem tendo sido pai já na terceira idade?
Adauto – É um atestado vivo que tenho para mostrar que ainda estou firme (risos).
OP – O senhor bebe ou fuma?
Adauto – Não bebo nem fumo. A gente vai levando, o tempo passando, não sinto nada. Quase morri. Fiz uma cirurgia, aí tive medo.
OP – Cirurgia de quê?
Adauto – Fui às bodas de ouro do Ivens Dias Branco (empresário). Ele lá serviu um vinho muito bom. Eu talvez tenha exagerado. Fui dormir, duas da manhã acordei com isso (descreve uma palpitação cardíaca mais acelerada). “Silvana (esposa), abra a janela, não tô me sentindo bem. Ligue para o doutor Cabeto” (cardiologista Carlos Roberto Martins Rodrigues). Ele disse que eu tinha o átrio muito acelerado, “vai ficar na UTI. Está 98% entupido no braço direito e 75% no esquerdo. O senhor não pode mais sair do hospital”.
OP – Quando foi isso?
Adauto – Há dois anos. No dia 16 de outubro. “Vai ter que operar”. Eu disse: “Cabeto, vamos pra São Paulo?”. Ele falou que eu não podia sair daqui porque na viagem de avião, eu não suportaria. Nesse período de espera você apavora um pouco. Aí eu disse “Cabeto, eu queria ir lá em casa, escrever. Queria fazer um testamento”. “Não tem problema, chama o cartório”.
OP – Teve medo de morrer?
Adauto – Ora, mas... Foi o (pessoal do) Cartório Machado. Chegou lá, eu disse o que queria. Botei uma (ponte) mamária e uma safena.
OP – O que a gente não perguntou que o senhor acha que deveria ter sido perguntado?
Adauto – Esta é uma pergunta muito boa (risos). O que eu me esqueci? (mais risos) Olha, a vida é muito curta. Você pensa que 84 anos... eles se passaram sem eu sentir que passaram. E o que me resta é muito pouco, então... olhe para o vizinho, veja o que pode estar faltando, dê uma ajuda. Se ele caiu, dê a mão. Humildade. Ninguém pode ser arrogante, prepotente. Porque as coisas acontecem. Quando você menos espera pode estar em cima de uma cama, desenganado, a qualquer hora pode desaparecer e o que você leva? Será que leva? A vida termina aqui? E a outra? Fernando Pessoa já dizia: A vida é uma grande reta, mas lá na frente é uma curva. O corpo fica na curva e o espírito continua. Para onde é que vai?
OP – O senhor tem medo de viajar nessa curva?
Adauto – Não tenho porque sei que tenho que ir mesmo. O que peço a Deus é para não ser aquele doente prostrado, que viva na mão dos outros, dando trabalho. Se for, acabou. Às vezes eu penso em ser cremado, não sei pra quê enterro.
PERFIL
José Adauto Bezerra nasceu em 3 de junho de 1926, em Juazeiro do Norte, 20 minutos depois do irmão gêmeo Humberto. Ambos seguiram carreira militar e, de volta ao Ceará, entraram na política. Adauto foi deputado estadual (1958-1975). Foi indicado governador pelo presidente Geisel (1975-1978). Formou a tríade dos coronéis-governadores, com Virgílio Távora e César Cals. Foi deputado federal (1979-1982) e vice na chapa com o governador Gonzaga Mota. Em 1986, perdeu a disputa ao governo para Tasso Jereissati. Na era Collor, presidiu a Sudene (1990-1991).
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
À FRENTE DO JORNAL NACIONAL...
ALTA MÉDICA !!!
O deputado federal Tiririca (PR-SP) que esteve hospitalizado ontem no Hospital São Matheus, em Fortaleza já recebeu alta e está em casa de familiares na capital cearense.
A cirurgia para a retirada de cálculos na vesícula como foi noticiada não foi confirmada pela assessoria do humorista.
ESPAÇO ABERTO
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou mais três secretários, entre os nomes está o deputado estadual mais votado, Bruno Covas (PSDB), neto de Mário Covas, para a Secretaria do Meio Ambiente.
A pasta era cobiçada pelo PV, mas teve que se contentar com a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos.
Ao confirmar o deputado Bruno Covas em seu secretariado, o Geraldo Alckmin, abre espaço para o cantor Leandro (do grupo KLB) na Assembleia Legislativa do Estado.
Com 62,4 mil votos, Leandro Scornavacca (DEM) é o primeiro suplente da coligação formada, em São Paulo, por seu partido com o PSDB. Mas a nomeação de Leandro poderá ser barrada por alguns tucanos.
Campeão de votos no Estado (239,1 mil), Covas é do PSDB e, portanto, sua vaga deveria ficar com a legenda. É essa a avaliação do secretário-geral do PSDB, Cesar Gontijo. Ele sustenta que há histórico do Supremo Tribunal Federal (STF) em dar a vaga ao partido, e não à coligação.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
EMERGÊNCIA
O filho do humorista, Everson Silva, o Tirulipa, informou à imprensa que Tiririca teria exagerado na alimentação neste período de fim de ano.
domingo, 26 de dezembro de 2010
A VOLTA AO MUNDO EM 470 DIAS
Em poucos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará o cargo de chefe maior da Nação e nunca antes na história deste país um presidente se ausentou tanto do Brasil.
Segundo reportagem do site Contas Abertas, nos oito anos de mandato, abordo do “Aerolula”, o presidente Lula ficou 470 dias fora do país. Para ler a reportagem na íntegra, clique aqui.
sábado, 25 de dezembro de 2010
MORRE QUÉRCIA: VEJA REPERCUSSÃO
A morte do ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, um dos fundadores do PMDB paulista, repercutiu em grande escala no meio político. O início da carreira política no movimento estudantil e sua forte militância na retomada pela democracia do país também foi lembrado por grandes nomes da política nacional. Confira a repercussão da morte de Orestes Quércia, ícone do PMDB paulista.
Lula, presidente do Brasil (PT) “Recebo a notícia da morte do ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia, com pesar. Nem sempre estivemos do mesmo lado na política, mas Quércia sempre foi da ala dos desenvolvimentistas, que pensam o país para além de seu tempo. Sua eleição para o Senado em 1974 foi um marco na luta pelo restabelecimento da democracia. Nesse momento triste, presto minha solidariedade a sua família, seus amigos e correligionários”.
Dilma Rousseff, presidente eleita (PT) “São Paulo e o Brasil vão se lembrar dele como um expoente da resistência democrática, um governador de muitas realizações e um defensor do desenvolvimento do País. Em todas as circunstâncias, foi um lutador”.
Michel Temer, presidente nacional do PMDB “O PMDB, por seu presidente, lamenta o falecimento de um dos maiores líderes do Partido, o ex-governador Orestes Quércia. Sua vida pública sempre foi pautada pela defesa dos interesses nacionais. Teve desempenho brilhante no exercício de seu mandato de senador e um marcante trabalho executivo como governador de São Paulo. Fará falta ao Estado de São Paulo e ao Brasil. À dona Alaíde e a seus filhos, nossas condolências, mas também a certeza de que sua memória estará presente junto aos peemedebistas de todo País”.
José Serra (PSDB), ex-governador de São Paulo “Lamento muito a morte do ex-governador Orestes Quércia e desejo expressar aqui minha solidariedade a sua esposa Alaíde e seus três filhos, que o acompanharam de forma tão carinhosa nestes meses de sofrimento. Quércia foi um militante de peso na redemocratização do Brasil, um governador de muitas realizações e, na última grande batalha que participou conosco, um aliado correto e empenhado na luta pela vitória, em São Paulo e no Brasil”.
Geraldo Alckmin, governador eleito de São Paulo (PSDB) “Trabalhamos juntos na redemocratização do País. Nosso sentimento nosso carinho, nossas orações e nossa solidariedade à família do governador Orestes Quércia”.
Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo (DEM) “Orestes Quércia teve atuação marcante na política nacional. Como vereador, prefeito, deputado estadual, senador, governador e dirigente partidário, carregou as bandeiras do municipalismo e do desenvolvimento. Desejo paz para sua família neste momento difícil”.
Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB “Convivi pouco com Orestes Quércia, mas, quando nos encontramos nos últimos três anos, a impressão que ficou dessa convivência foi a de um político afirmativo, que honrava a palavra”.
Miguel Colassuono, ex-prefeito de São Paulo e amigo de Quércia “Quércia tinha um ressentimento com relação ao governo federal, particularmente quando foi chamado para ser candidato a senador e houve uma falta de apoio por parte do PT. Ele decidiu tomar uma opção própria em São Paulo, de voltar a ser candidato, e quando viu que estava muito mal de saúde, fez uma opção corajosa de apoiar o Aloysio Nunes, do PSDB, para o Senado, que era um velho amigo dele”.
Roberto Freire, presidente do PPS “Com sua morte, São Paulo e o Brasil perdem um político que foi fundamental na luta pela redemocratização. Eleito senador por São Paulo na histórica eleição de 1974, que marcou a ascensão da oposição democrática ao regime militar, juntou-se a outros expoentes do MDB para conquistar a democracia que as atuais gerações desfrutam”.
Vaz de Lima, deputado federal eleito (PSDB-SP) “Senador combativo, vice no governo transformador de Franco Montoro, eleito governador no pleito que levou Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso ao Senado, manteve-se sempre fiel aos seus princípios e coerente na ação em defesa dos municípios e do povo paulista”.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
MORRE ORESTES QUÉRCIA
Quércia desistiu de concorrer ao Senado nas eleições de outubro por causa da doença. Durante o período eleitoral, passou 36 dias internado. Teve alta no dia 6 de outubro, um mês após renunciar à candidatura para senador.
Ex-radialista, Quércia já foi vereador e prefeito de Campinas, senador, deputado estadual, vice-governador e governador de São Paulo de 1987 a 1991. Ele foi um dos fundadores do PMDB e presidente do diretório paulista do partido.
Desde que saiu do governo, Quércia não venceu nenhuma eleição. Disputou a corrida presidencial em 1994, o governo estadual em 1998 e 2006 e o Senado em 2002. Veja a trajetória política de Orestes Quércia.
FELIZ NATAL !!!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
DESPEDIDA À NAÇÃO
Despedindo da Nação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez seu último pronunciamento nesta noite de quinta-feira (23), transmitido em cadeia nacional de rádio e televisão. Lula iniciou o pronunciamento lembrando que deixará a Presidência da República dentro dos próximos dias e como uma prestação de contas, disse o que fez nos oito anos que comandou o Brasil.
Para ele, os últimos oito anos “foram oito anos de luta, desafios e muitas conquistas. Mas, acima de tudo, de amor e de esperança no Brasil e no povo brasileiro”. E prosseguiu: ”Com muita alegria, vou transmitir o cargo à companheira Dilma Rousseff, consagrada nas urnas em uma eleição livre, transparente e democrática. Um rito rotineiro neste país que já se firmou como uma das maiores democracias do mundo”.
O presidente pediu aos brasileiros apoio à presidente eleita, Dilma Rousseff, “em todos os momentos”. Para ele, este apoio “também significa cobrar, na hora certa, como vocês souberam me cobrar”. Ele pediu que os cidadãos não perguntem sobre o seu futuro, mas sim “pelo futuro do Brasil!” e afirmou que sua felicidade estará sempre ligada à felicidade do povo.
No fim do pronunciamento, o presidente Lula disse: “saio do governo para viver a vida das ruas” e desejou a todos os brasileiros e brasileiras, Feliz Natal e Feliz 2011. Clique aqui e confira a íntegra do pronunciamento.
VISITA HOSPITALAR
O presidente Lula e a presidente eleita, Dilma Rousseff visitaram o vice-presidente José Alencar que está internado desde ontem (22), no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Alencar manifestou o desejo de participar da cerimônia de posse de Dilma no dia 1.º de janeiro.
"Espero estar lá e que os médicos me liberem para tomar um golinho", afirmou, bem-humorado, o vice-presidente, segundo relato da assessoria de imprensa do Planalto.
Os 15 minutos de conversa entre Lula, Dilma e Alencar o assunto que predominou foi o estado de saúde do vice-presidente, a política, economia e os negócios da família de Alencar.
Dilma e Lula saíram otimistas do encontro. "Estou te esperando lá", disse Dilma, referindo-se à cerimônia de posse.
O presidente Lula comentou com Alencar que teria um encontro com os catadores de lixo de São Paulo nesta tarde e sobre a nova lei do pré-sal sancionada ontem em Brasília. No fim do encontro, Alencar brincou e disse que ainda vai dançar um xaxado.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A CIRO, NADA DE BATATAS!
Do blog do Reinaldo Azevedo
E Ciro Gomes, hein? Agora acabou! Não será mesmo ministro. Não chegou a ser convidado para a pasta da Integração Nacional, mas tornou pública a informação de que a pasta não era de seu agrado. Queria a Saúde, o maior Orçamento da Esplanada. O fato de o escolhido ter sido Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais, evidencia quão delirante era, para não variar, a aspiração deste ex-paulista e, no momento, ex-cearense. Afinal, qual é o lugar de Ciro hoje na política brasileira?
Uma vez, eu comparei a sua situação àquela vivida pelas raparigas no antigo Nordeste. O coroné sempre lhes dava uma casa nos arrabaldes da cidade, uma vida digna, vestidos, mantimentos etc, mas nada de aparecer na missa de domingo, que a esses lugares só podiam comparecer as esposas.
Ciro é o cara que consegue cair várias vezes no mesmo truque. Foi enganado por Lula no primeiro mandato; foi enganado por Lula no segundo mandato; viu sua candidatura se esfarelar e acabou sem ter nem mesmo como se candidatar a deputado — imaginem o homem como representante de um estado que lhe é estranho por quatro anos!
Fez as pazes com o PT — depois de ter dado uma esculhambada na então candidata Dilma Rousseff — e saiu disparando contra Serra, as oposições etc. Vale dizer: voltou à sua condição de boca de aluguel de Lula.
E qual foi o galardão? Mais uma vez, serviram-lhe uma sopa de nabo. Vamos ver, Ciro. Ainda resta o segundo escalão. Quem sabe… O PSB já disse pra Dilma: “Pega que é seu; da cota do partido é que não é!”
Já que Ciro é hoje um apátrida eleitoral, poderia se filiar de novo ao PSDB, mas ao de Minas — já que ele não suposta os tucanos paulistas. Poderia, assim, fazer alguma oposição ao lulo-petismo (mas do tipo que senta e conversa) e ainda descer a língua em São Paulo, seu esporte predileto.
INTERNADO EM CARÁTER DE URGÊNCIA
O vice-presidente da República, José Alencar, foi internado em caráter de urgência nesta quarta-feira (22) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e vai passar por uma cirurgia. Segundo informações da assessoria de imprensa do hospital, Alencar está com uma hemorragia digestiva grave.
Alencar havia recebido alta na última sexta-feira (17) após passar 25 dias internado. No dia 27 de novembro ele foi submetido a uma cirurgia para desobstruir o intestino. Foi o 16º procedimento cirúrgico do vice-presidente em seus mais de 15 anos de luta contra um câncer na região do abdômen.
DILMA FECHA O MINISTÉRIO
A presidente eleita Dilma Rousseff fechou nesta quarta-feira (22) sua eclética equipe de governo. Alguns ministros do governo Lula continuarão em 2011 no governo dilmista. Outros ministros que saíram para disputar algum cargo e não se deram bem nas urnas estão de volta.
Também tem ministro que renunciou ao cargo após se envolver em escândalo de quebra de sigilo bancário e foi realocado para o primeiro escalão de governo de Dilma Rousseff. Confira abaixo a relação completa dos ministros do governo Dilma Rousseff.
PT
Ministério da Fazenda, Guido Mantega
Casa Civil, Antonio Palocci
Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho
Ministério da Justiça, José Eduardo Cardozo
Ministério das Relações Institucionais, Luiz Sérgio
Ministério da Educação, Fernando Haddad
Ministério da Saúde, Alexandre Padilha
Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante
Ministério das Comunicações, Paulo Bernardo
Ministério do Desenvolvimento Social, Tereza Campello
Ministério do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Fernando Pimentel
Ministério do Planejamento, Miriam Belchior
Ministério da Pesca, Ideli Salvatti
Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário
Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Sepir), Luiza Bairros
Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes
PMDB
Ministério da Agricultura, Wagner Rossi
Ministério do Turismo, Pedro Novais
Ministério da Previdência Social, Garibaldi Alves
Ministério de Minas e Energia, Edison Lobão
Secretaria de Assuntos Estratégicos, Moreira Franco
Ministério da Defesa, Nelson Jobim
PSB
Ministério da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho
Secretaria de Portos, Leônidas Cristino
PDT
Ministério do Trabalho, Carlos Lupi
PCdoB
Ministério dos Esportes, Orlando Silva
PR
Ministério dos Transportes, Alfredo Nascimento
PP
Ministério das Cidades, Mário Negromonte
Sem filiação partidária:
Banco Central, Alexandre Tombini
Ministério das Relações Exteriores, Antonio Patriota
Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas
Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira
Ministério da Cultura, Ana de Hollanda
Advocacia Geral da União, Luís Inácio Lucena Adams
Controladoria Geral da União, Jorge Hage
Gabinete da Segurança Institucional, José Elito Carvalho Siqueira
POR NOSSA CONTA ...
BISPO RECUSA COMENDA NO SENADO
Por Rosa Costa, da Agência Estado
Na primeira entrega da Comenda de Direitos Humanos D. Hélder Câmara, oferecida pelo Senado a personalidades de destaque na área, os parlamentares viram o bispo emérito de Limoeiro do Norte (CE), d. Manuel Edmilson da Cruz, não só recusar a homenagem como ouviram sermões pelo reajuste dos próprios salários em 61,8%, aprovado na semana passada.
O religioso comparou o aumento a "um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão, ao contribuinte e a todos aqueles que contribuem com o trabalho, a dignidade e o suor do rosto". E da tribuna d. Manuel anunciou aos senadores: "Só me resta uma atitude: recusar a comenda, porque senão estaria procedendo contra os direitos humanos e este momento perderia todo o sentido histórico", afirmou.
Para d. Manuel, a comenda não representa a pessoa do "cearense maior que foi d. Hélder Câmara", e sim "desfigura-a". O bispo não parou por aí. Fez um jogo de palavras para criticar a atitude de deputados e senadores. "Quem assim procedeu não é parlamentar, é para lamentar."
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
BURRO A PÃO DE LÓ
Por Dora Kramer colunista do jornal O Estado de S. Paulo
"Democracia tem preço", afirmou semanas atrás em entrevista à revista Veja o então ainda candidato favorito à presidência da Câmara, Cândido Vaccarezza, a título de defesa do financiamento público das campanhas eleitorais.
A revista lembrou a ele que o contribuinte já financia o fundo partidário e o horário dito gratuito no rádio e na televisão e perguntou se o deputado achava justo financiar também as campanhas. Resposta: "Democracia tem preço, as pessoas podem não gostar de financiar um deputado, mas é melhor ter um deputado custando o que custa hoje do que não ter Parlamento”.
Depois dessa entrevista a candidatura de Vaccarezza fez água. Consta que desagradou aos petistas por ter defendido a reforma das leis trabalhistas. Sobre a declaração a respeito do custo democrático, estava perfeitamente de acordo com a lógica da "Casa".
Embora tenha construído um sofisma e sido profundamente injusto da perspectiva de quem paga contas altíssimas sem o devido retorno. Vaccarezza sofismou porque sabe perfeitamente bem que a discussão não se põe nos termos da escolha entre um Parlamento caro e Parlamento nenhum.
O que se cobra é um Parlamento decente, hoje custeado a valores indecentes. O argumento do deputado é típico de quem deseja interditar a discussão, atribuindo ao interlocutor a condição de idiota desprovido de noção sobre o papel dos Poderes, dos partidos e dos políticos numa democracia.
Quando da entrevista do líder do governo na Câmara à Veja, suas excelências já engendravam mas ainda não haviam aprovado um reajuste de 61,8% em seus rendimentos mensais. Tampouco eram do conhecimento público alguns números publicados nos jornais de sábado para cá.
No jornal Folha de S. Paulo, a jornalista Érica Fraga mostrou que os parlamentares brasileiros são os mais bem pagos entre os países mais desenvolvidos. Ganham US$ 203,99 mil por ano. Sem contar os benefícios.
O segundo colocado, a Itália, paga US$ 186,40 mil. Os argentinos recebem US$ 37,8 mil, os americanos US$ 174 mil e os ingleses US$ 102,62 mil. Na lista de 18 países, à exceção de Argentina, México, Tailândia, Índia e Rússia, todos têm rendas per capita três, quatro e até cinco vezes superiores à do Brasil (US$ 10,47 mil).
Na edição de ontem do Estado, o jornalista Daniel Bramatti mostra que em 2011, os partidos receberão R$ 201 milhões dos cofres públicos para o fundo partidário e provocarão uma renúncia fiscal de R$ 217 milhões por conta dos horários ditos gratuitos no rádio e na televisão. Somados os valores, chega-se a R$ 418 milhões.
De fato, a democracia tem preço, mas a relação de custo-benefício no Brasil tem sido muito injusta com o contribuinte, que paga a conta e não tem direito a voz nem pode fazer valer seu voto. A não ser em casos raros e em época de eleição, como ocorreu neste ano em que os congressistas se viram obrigados a aprovar a Lei da Ficha Limpa.
Não reformam o sistema eleitoral para não contrariar seus interesses, não ouvem opinião pública, não corrigem as deformações que provocam escândalos, são acintosos na defesa dos respectivos privilégios, usam metade do expediente semanal para cuidar "das bases", querem ganhar bem e aprovam seus aumentos logo depois das eleições na sistemática dos malfeitores: rápida e praticamente às escondidas.
Ainda querem financiamento para as campanhas? Como reza o dito antigo, mais fácil sustentar um burro a pão de ló.
O osso. Lula diz que pode "voltar" em 2014 e seu chefe de gabinete e futuro secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, informa que se a "vitória" do PT estiver ameaçada Lula poderá concorrer à Presidência.
Noves fora, que a oposição esteja avisada: a ideia é perpetuação no poder.
Caos anunciado. Os aeroviários há semanas avisam que fariam da vida dos passageiros um inferno. Cumpriram a promessa sob o olhar impassível do poder público.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
AMANHÃ TALVEZ...
Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, no programa É Notícia, na Rede TV! na madrugada desta segunda-feira, o presidente Lula não descartou a possibilidade de ser candidato novamente ao cargo. Para a oposição Lula culpou-a de abortar o PAC da Saúde.
Questionado sobre sua intenção de voltar futuramente ao cargo, Lula respondeu: "Não posso dizer que não porque sou vivo. Sou presidente de honra de um partido, sou um político nato, construí uma relação política extraordinária", disse.
Ciente da repercussão que a declaração teria, Lula disse ao entrevistador: "Eu fico até com medo, amanhã alguém vai assistir à tua entrevista, e dizer que Lula diz que pode ser candidato”.
Mesmo assim, o presidente continuou discutindo essa hipótese, e concluiu: "Vamos trabalhar para a Dilma fazer um bom governo e, quando chegar a hora certa, a gente vê o que vai acontecer”.
O presidente culpou os partidos de oposição DEM e PSDB de abortarem o PAC da Saúde que, segundo o presidente estava pronto para o segundo mandato. “Numa fadidiga noite, os tucanos e o DEM, de ódio e de raiva, me tirarem 4 anos 150 bilhões de reais”.
domingo, 19 de dezembro de 2010
BOCA DE SIRI
Manifestação de apoio isolada apareceu apenas no microblog Twitter do ausente vice-prefeito de Sobral, José Clodoveu Coelho de Arruda Neto (PT), o Veveu. “ É um privilégio especial um Governo contar com a integridade, a competência, a criatividade e a garra de trabalho do Arialdo de Melo Pinho”.
sábado, 18 de dezembro de 2010
DERRAPAGEM NO GOVERNO DO CEARÁ
A Polícia Federal investiga caixa dois feito com patrocínios fictícios de automobilismo e envolve o chefe da Casa Civil de Cid Gomes em golpe.
Por Marcelo Rocha da revista Época
Numa festa para mais de 1.000 convidados em Fortaleza, em 2008, Fernanda e Arialdo Pinho celebraram o casamento da filha Aline. Políticos do Ceará encheram o salão da casa de espetáculos Siará Hall. Os irmãos Cid Gomes, governador do Ceará, e Ciro, deputado federal, ambos do PSB, estavam entre os padrinhos. Arialdo é o principal assessor de Cid e comanda a Casa Civil do governo do Estado. O pai da noiva também foi prestigiado por muitos empresários locais, alguns deles donos de grandes contratos com a administração pública cearense. Um dos convidados presentes à festa foi José Carlos Pontes, sócio do Grupo Marquise. Estiveram também na cerimônia o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet e o filho Nelson Ângelo Piquet, outro padrinho dos noivos.
Alguns personagens daquela noite de festa que se estendeu até o nascer do sol agora aparecem juntos em circunstâncias bem diferentes. Eles são citados numa investigação da Polícia Federal que desbaratou um golpe com contratos fictícios de patrocínio para a Federação Cearense de Automobilismo (FCA). O inquérito tramita sob segredo de Justiça na 11a Vara Federal do Ceará. ÉPOCA teve acesso a detalhes da apuração. As autoridades afirmam que os patrocínios firmados pela FCA acobertaram o desvio de milhões de reais de empresas para a formação de um caixa dois destinado ao pagamento de propinas a agentes públicos e ao financiamento de campanhas eleitorais.
Na última semana de novembro, a PF realizou a Operação Podium e prendeu sete pessoas envolvidas nas irregularidades. Foram recolhidos documentos em residências e escritórios no Ceará, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre os presos estava o empresário José Hybernon Neto, ex-presidente da FCA, apontado como um dos mentores do golpe. As ligações telefônicas de Hybernon foram monitoradas pela polícia. A PF encontrou dificuldades para reconhecer alguns interlocutores, mas identificou outros. Um deles é “Arialdo Pinho, chefe da Casa Civil do governo Cid Gomes”, segundo um relatório policial.
Uma conversa de Hybernon do dia 7 de maio arrastou o braço direito de Cid Gomes para dentro do escândalo. Arialdo Pinho aparece nas investigações como contato de Hybernon dentro do governo. No telefonema, Hybernon disse a um interlocutor que estava saindo da casa de Arialdo Pinho e que, segundo o anfitrião, seria “preferível” os dois se encontrarem sempre naquele endereço. Na época, Arialdo comandava a Casa Civil. Pouco depois, ele se afastou do cargo para coordenar a campanha à reeleição de Cid Gomes e retornou ao posto após as eleições. Perguntado por ÉPOCA sobre eventuais reuniões com Hybernon, o chefe da Casa Civil se recordou de um encontro em sua casa, mas não se lembrou da data. Arialdo afirmou que, por falta de tempo, realiza pequenas reuniões de trabalho em sua casa e que Hybernon o procurou interessado numa licitação estadual.
A contabilidade do golpe soma R$ 34,6 milhões movimentados entre 2004 e 2008. Um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) identificou que no período foram registrados saques sistemáticos em valores superiores a R$ 300 mil. Um total de R$ 33 milhões foi sacado em espécie mediante cheques emitidos pela FCA. Hybernon aparece como o principal beneficiário dos cheques. À Receita Federal, que investiga sonegação de impostos, Hybernon confirmou que a FCA era usada apenas como “trampolim” do dinheiro. Ele, depois, era devolvido às empresas. A maior parte do dinheiro, R$ 25,8 milhões, saiu dos cofres de três empresas do Grupo Marquise.
INVESTIGADOS
Nelson Piquet e o filho Nelsinho aparecem em relatório da PF como suspeitos de evasão de divisas
A Marquise é hoje uma das principais empresas do Ceará. Cuida da ampliação do Porto do Pecém, que prevê investimentos de R$ 571,5 milhões – 80% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A empresa também constrói o Hospital Regional de Sobral, cidade que foi administrada por Cid Gomes. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou as doações oficiais de campanha feitas neste ano pelo Grupo Marquise. A empresa doou para candidatos do PSB e, também, a outros aliados de Cid. O governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), recebeu R$ 770 mil. A empresa doou R$ 2,2 milhões ao PMDB nacional e R$ 250 mil ao PT do Ceará, partidos que apoiaram Cid Gomes. Outras empresas investigadas pela PF doaram R$ 550 mil ao comitê de Cid Gomes. A Marquise afirmou que não comentaria o assunto por orientação de advogados.
Há indícios de que a FCA tenha sido usada para mandar dinheiro para fora do país de forma irregular. De acordo com o juiz do caso, Ricardo Campos, há fatos que “merecem ser aprofundados e que apontam para a prática de delito de evasão de divisas por parte do então gestor da FCA (José Hybernon)”. Nesse trecho da apuração são citados o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet e seu filho Nelson Ângelo Piquet. Por intermédio da FCA, Nelsinho recebeu no exterior cerca de R$ 5,3 milhões. Os peritos estranharam também o fato de Nelson Piquet ter recebido, em 2008, R$ 500 mil da FCA. Piquet disse a ÉPOCA que as transferências foram fruto dos patrocínios firmados com a FCA, à qual Nelsinho é filiado. O tricampeão afirmou que conhece Hybernon apenas de nome e que os R$ 500 mil recebidos por ele da FCA se referem a um “contrato de mútuo (empréstimo)”.
A Justiça decretou a quebra do sigilo fiscal de todos os envolvidos no caso – entre eles Nelson e Nelsinho. A PF, a Receita Federal e o Ministério Público ainda analisam os documentos apreendidos na Operação Podium. Os desdobramentos das investigações poderão esclarecer se os participantes da festa de 2008 eram apenas bons amigos num momento de confraternização ou tinham algo mais em comum.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
DILMA, DIPLOMADA A PRIMEIRA PRESIDENTE DO BRASIL
Num breve discurso, Dilma prometeu cuidar da “estabilidade econômica e do investimento, tão necesários ao crescimento e ao emprego”.
MARTA SUPLICY, A SENADORA
APLAUSOS E VAIAS
Manhã agitada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para a diplomação de governador, senadores e deputados feita pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Em meio a aplausos, Francisco Everardo de Oliveira Silva, o Tiririca, foi o 1º a ser diplomado deputado. Tiririca, deputado mais votado do Brasil disse estar nervoso com seu “primeiro diploma”.
Muito vaiado, o deputado federal Paulo Maluf também foi diplomado. Maluf teve a candidatura impugnada com base na Lei Ficha Limpa, teve a eleição validada ontem (16) pelo TSE.
MARINA SE DESPEDE DO SENADO
Sobre os sonhos atuais Marina disse que, a priori, não vai ficar no lugar de candidata para 2014. Ela disse que quer fazer parte de um processo como parte de um processo e que vai lutar por um Brasil economicamente próspero e socialmente justo, ambientalmente sustentável e culturalmente diverso.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
PRESENÇA CONFIRMADA
Caros amigos internautas e blogueiros parceiros, pela segunda vez, o blog Sou Chocolate e Não Desisto é um dos TOP 100 na categoria política do Prêmio TopBlog 2010, importante prêmio da blogosfera criado em 2008 pela Mix Mídia com objetivo de incentivar e premiar os blog´s mais populares do Brasil, por meio de votação popular e acadêmica. São catorze categorias.
Responsável pelo Sou Chocolate e Não Desisto, estarei na cerimônia de entrega do Prêmio Topblog 2010, acompanhado das amigas jornalistas Buba Lima – colaboradora do blog – e Paula Prado. A cerimônia de entrega dos vencedores acontecerá neste sábado (18), às 19h00 no auditório da Faculdade UNIP, Rua Vergueiro, 1211, Paraíso, São Paulo-SP.
VAPT VUPT
Em uma votação vapt vupt a Câmara e o Senado aprovaram ontem (15), o projeto que concede aumento de 61,83% no salário dos próprios senadores e dos deputados federais, de 133,96% no valor do vencimento do presidente da República e de 148,63% no salário do vice e dos ministros de Estado. A proposta foi aprovada no inicio da tarde pelos deputados e não aguardou nem uma hora para ser votada pelos senadores.
O projeto iguala os salários de deputados e senadores, do presidente da República, do vice e dos ministros. Todos eles passarão a receber R$ 26.723,13 por mês, mesmo valor do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e que serve como teto do funcionalismo público. O novo salário entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2011.
Apenas a senadora Marina Silva (PV-AC) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) se manifestaram contra a proposta. Marina acha injusto os parlamentares receberem reajustes muitas vezes superiores aos dos demais servidores públicos do País. O tucano defendeu que o reajuste deveria implicar na extinção da perda da verba indenizatória de R$ 15 mil que cada um deles recebe mensalmente para custear gastos no exercício do mandato nos Estados.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A NAMORADINHA DE UM AMIGO MEU...
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) tem se tornado sinônimo de polêmica. A cada declaração surge uma. Em entrevista à imprensa após evento da Revista Exame em São Paulo, o governador fluminense criticou a lei do abortou no Brasil.
Sérgio Cabral disse ser favorável a uma revisão na legislação para ampliar os casos em que o aborto é permitido. O governador comentou que as clínicas clandestinas são comuns no país e indagou: “Quem aqui não teve uma namoradinha que teve que abortar?”.
Cabral ressaltou em seguida, que esse não era o caso dele. "Fiz vasectomia e sou muito bem casado". O governador disse que se referia a diversas pessoas que tiveram namoradas que engravidaram e que foram abortar em clínicas clandestinas.
Sérgio Cabral, disse que o tema foi mal discutido na campanha e que há muita hipocrisia em relação ao assunto e que é necessário que haja uma discussão entre a classe médica e as mulheres, porque segundo o governador, do jeito que está é uma vergonha para o Brasil.
O governador ainda destacou que o poder público "tem que estar preparado para atender a mulher". "Ninguém é a favor do aborto, você é a favor do direito da mulher a recorrer no serviço público de saúde à interrupção de uma gravidez”.
A CAMINHO DA DIPLOMAÇÃO
Por 4 votos a 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem (14), que o caso de Anthony Garotinho (PR-RJ) , o deputado eleito com recorde de votos no Rio deve ser analisado outra vez pela primeira instância da Justiça Eleitoral fluminense porque houve um erro processual. O TRE-RJ julgou o caso antes que o juiz eleitoral tivesse decidido sobre todos os pontos da acusação.
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anulou o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que considerou o político inelegível. Com essa decisão, Garotinho deixa de ser ficha suja e passa da situação de condenado por órgão colegiado para alguém que apenas responde a um processo.
Em seu blog, Garotinho agradeceu a todos que sempre confiaram nele e disse aguardar todos para sua diplomação. Garotinho disse que os advogados dele e da esposa, Rosinha Garotinho estão com uma petição para que ela volte nas próximas horas à prefeitura de Campos.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
CEIA ANTECIPADA
Convidados para a ceia antecipada de Natal presidencial, regado à galinha d’angola, estavam os senadores eleitos do Ceará: Eunício Oliveira (PMDB), José Pimentel (PT) e o governador Cid Gomes (PSB). O jingle bell foi ao estilo cearense, com muito forró sob o comando da dupla Ítalo e Renno.
DILMA ROUSSEFF, 63 ANOS!!!
A presidente eleita, Dilma Rousseff faz 63 anos hoje. Nada de festa, ela está em Porto Alegre (RS) desde domingo (12) para descansar.
Segundo informações de sua assessoria, a presidente eleita não dará entrevista nos próximos três dias, a contar de domingo.
Discreta, Dilma deverá comemorar os 63 anos ao lado da filha, do neto, do genro e do ex-marido, todos moram na capital gaúcha.
O blog Sou Chocolate e Não Desisto deseja muita saúde, sucesso e felicidade a presidente eleita Dilma Rousseff, parabéns !!!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
CAMINHO ABERTO
Ao julgar improcedente a ação contra Maluf, o TJ abriu caminho para o ex-prefeito ser diplomado no próximo dia 17. Ele foi reeleito em outubro com quase 500 mil votos.
O caso da compra de frangos superfaturados na gestão de Maluf (1993-1996) gerou, segundo o Ministério Público Estadual, R$ 1,2 bilhão de prejuízos aos cofres públicos.
Entre 1996 e 1997, empresa de um cunhado de Maluf forneceu carne de frango à Prefeitura a preços acima dos de mercado, segundo o MP. Na época, os vereadores não investigaram.
AI-5, 42 ANOS !!! CÁLICE
Em 13 de dezembro de 1968, há 42 anos entrava em vigor o Ato Institucional nº 5(AI-5), criado pelo governo militar do general Costa e Silva. O AI-5 ficou conhecido como o golpe dentro do golpe. Era o mais abrangente e autoritário de todos os outros atos institucionais, e na prática revogou a constituição de janeiro de 1967, que porventura ainda pudessem ser utilizados pela oposição, além de reforçar os poderes do regime militar.
A música Pra não dizer que não falei das Flores, de Gerando Vandré virou o hino contra as repressões e atrocidades cometidas nos anos de chumbo. Entre dezenas de músicas que, de forma subliminar furavam o bloqueio da censura e denunciavam o regime militar, há Cálice, de Chico Buarque e o O Bêbado e o Equilibrista, de João Bosco e Aldir Blanc.
Quantos lutaram, outros morreram para que fosse possível vivermos hoje numa democracia. A luta serviu para nos mostrar que jamais podemos desistir. É preciso não esquecer o passado para evitar erros futuramente. Para homenagear esse momento de luta o Blog escolheu Cálice. Veja o vídeo no You Tube.
domingo, 12 de dezembro de 2010
SILVIO SANTOS, 80 ANOS !!!
PROFISSÃO DJ
O presidente Lula vetou integralmente projeto aprovado pelo Congresso que regulamenta a profissão de DJ. A proposta é de autoria do ex-senador Romeu Tuma (PTB-SP) que faleceu em outubro deste ano, que apresentou em 2007.
Os ministérios do Trabalho comandado por Carlos Lupi, da Justiça, por Luiz Paulo Barreto e da Cultura sob o a batuta de Juca Ferreira foram favoráveis ao veto presidencial.
Tuma queria regulamentar a profissão de DJ numa espécie de atualização de uma lei de 1978, que regulamentou a profissão de artista e de técnico em espetáculos de diversões.
Recentemente a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) aprovou a regulamentação da profissão de taxista, de autoria do deputado federal, Índio da Costa (DEM-RJ).
O presidente Lula justificou assim o veto: “A Constituição assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, cabendo a imposição de restrições apenas quando houver a possibilidade de ocorrer algum dano à sociedade”.
Já está mais que na hora de regulamentar esses trabalhadores competentes e que contribuem extraordinária com seu trabalho na geração de renda e para a cultura nacional. É hora de rever conceitos galera do Planalto!
sábado, 11 de dezembro de 2010
FARPAS VIA TWITTER
Os ânimos ficaram exaltados entre o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR) e o Democrata, Ronaldo Caiado (DEM-GO). A troca de farpas aconteceu via Twitter pode ter estremecido a relação entre as duas siglas.
Em determinado momento, o tucano resolveu responder a crítica que o presidente nacional do Democratas, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ) fez sobre José Serra (PSDB-SP): “perdeu porque ouviu mais os marqueteiros e isolou os políticos”.
Numa rádio em Goiânia Álvaro Dias disse: “Eu acho que o DEM faz muito bem em buscar sua reformulação, porque na campanha eleitoral, principalmente na fase que antecedeu a campanha, a direção atual do DEM atrapalhou muito... Eu sou franco em afirmar que a direção do DEM atrapalhou muito a campanha de José Serra. Por isso tem que mudar mesmo”.
Isso foi o estopim entre os parlamentares: Ronaldo Caiado não pensou duas vezes e bombardeou o tucano no microblog: “O Sen. Alvaro Dias (PSDB), em Gyn, agora, disse que o DEMOCRATAS atrapalhou a campanha de JOSÉ SERRA. Pode????
E continuou a depenar o tucano: “O híbrido Alvaro Dias, que apoiou seu irmão e Dilma no Paraná, vai a Goiânia responsabilizar o Democratas pela derrota de José Serra”.
“Álvaro Dias, tenha posições claras, menos dúbias, seja oposição! Quem comandou o processo foi José Serra. Apoiamos até onde ele permitiu”.
“Página virada. Oposição precisa se unir. Álvaro Dias apoiou Dilma e seu irmão Osmar no PR. Não o considero da trincheira oposicionista”.
E a troca de farpas continuaram no deputado paranaense: “... sujeito apoia Dilma e Osmar no PR e vai a GO colocar o desastre da campanha de Jose Serra na conta do DEM não merece consideração”.
“Campanha centralizadora do Serra gerou feridas de difícil cicatrização, em toda oposição, em todas regiões do Brasil”.
“Ele tem a petulância de ir a Goiânia espalhar a cizânia. Página virada. Alvaro Dias que fique com Dilma e Osmar no PR”.
Do outro lado, com pouca munição ou guardando para eventuais confrontos, Álvaro Dias respondeu: “Minha critica foi resposta as críticas do presidente do DEM a Serra. As mantenho. Serra foi grande candidato”.
“A afirmação é mentirosa e descabida. Ninguém apoiou Serra mais do que eu. Esse deputado esta veiculando a farsa”.
O tucano colocou um ponto final no bate-boca virtual com afirmando: “Esse debate não tem sentido e atacar o Serra que foi grande candidato. É um despautério. Assunto encerrado”.