sexta-feira, 31 de julho de 2015

CERVEJA HOMENAGEM

A série de homenagens ao ex-governador Eduardo Campos, morto em trágico acidente aéreo em agosto do ano passado, não para. Após virar nome de escola na cidade de Joaquim Nabuco, na Mata Sul do Estado, de praça em Panelas, no Agreste pernambucano, e ser até imortalizado em uma tatuagem no prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB), Eduardo será lembrado em edição limitada de cerveja pelo Grupo Petrópolis, responsável pela comercialização da marca Itaipava. Serão lançadas latas com o rosto de Campos e a frase "Não vamos desistir do Brasil", que foi usada durante a sua campanha eleitoral.
De acordo com o Grupo, a previsão de lançamento é a partir do próximo mês. As latas serão envasadas na unidade da cerveja, localizada na cidade de Itapissuma, Região Metropolitana do Recife, e serão distribuídas em todo o Estado. O grupo não quis comentar sobre algum tipo de pagamento à família pelo uso de imagem do ex-candidato à presidência.
Confira a nota oficial do Grupo Petrópolis:
O Grupo Petrópolis reconhece a importância de Eduardo Campos, enquanto Governador do Estado de Pernambuco, para a implantação de nossa unidade em Itapissuma. Durante as tratativas, a admiração pelo Governador se estendeu à família.
E nesse momento, atendendo a uma ideia de pessoas próximas a ele. O Grupo desenvolveu uma lata especial de Itaipava, com tiragem limitada, que homenageia o ex-governador.
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TUCANO BICO GROSSO

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), pode ser considerado um tucano de bico grosso. Dos seis governadores do PSDB que foram convidados pela presidente Dilma para uma reunião no Palácio do Planalto que aconteceu ontem (30), Azambuja foi o único tucano que ignorou o convite, mandou a vice-governadora Rose Modesto. O governador foi prestigiar o Festival de Inverno, em Bonito (MS).
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DILMA É UM RETRATO NA PAREDE

Além de uma fotografia, o que restará, logo mais, do encontro no Palácio do Planalto da presidente Dilma Rousseff com os governadores de Estado?
Os governadores dependem da boa vontade do governo federal para governar com mais ou menos dinheiro.
Em momentos de aperto, como é o caso, o presidente precisa passar ao país a impressão de que politicamente ainda é forte.
Isso pode funcionar quando há espaço para a dúvida em relação à fortaleza ou à fraqueza do presidente. Não é o caso.
A popularidade da presidente compete, hoje, com a taxa de inflação. Na verdade, perde para a taxa.
Lembra da pesquisa que apontou a avaliação positiva de Dilma na casa dos 7,7%? Esqueça. Já diminuiu. A inflação aumentou. Para quase 10% ao ano.
Há governadores que não gostariam de ser vistos a essa altura na companhia de uma presidente tão rejeitada. Estão constrangidos.
Mas não se pode rejeitar um convite presidencial. Por mais que o presidente esteja abaixo do volume morto.
Os governadores voltarão aos seus Estados do mesmo jeito que chegaram a Brasília – de bolsos vazios.
Terão servido de figurantes para o brilho fugaz de uma presidente que mal se segura de pé.
É possível que ela não se perceba assim. Mas é assim que é.
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quinta-feira, 30 de julho de 2015

MOEDA DE TROCA

As nomeações politicas que o governo pretende finalizar para cargos do terceiro escalão nos Estados durante as próximas duas semanas, é uma forma de apagar o fogo que existe entre o governo e a base aliada, sedente por cargos.

Agindo com esse fisiologismo, Dilma acalma os insatisfeitos, e ganha fôlego nas próximas votações no Congresso. A velha fórmula da moeda de troca ainda vale muito em Brasília.
A bagatela  é de 200 cargos federais que serão ofertados em 8 Estados. Ainda falta a confirmação de outras 10 nomeações de segundo escalão, em Brasília, como afirmou o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), ao programa Poder e  Política, do UOL.
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ENGOLINDO SECO

O ex-presidente Lula não escondeu a satisfação que teve ao saber da demissão de 440 jornalistas, que aconteceu nos últimos meses. Lula fez troça com as demissões. O deboche ocorreu no mês passado, no Congresso do PT, em Salvador (BA).
“Só neste ano, tivemos 50 demissões de jornalistas na Folha de S.Paulo”, disse Lula, levando a plateia à enxurrada de palmas. “Foram 120 demissões no Globo, 100 demissões no Estadão, 50 na Band e 120 na Editora Abril.” Quando citou a Editora Abril, que publica a revista Veja, os petistas que estavam no plenário entoaram um coro: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.”
Mas a alegria do petista mor parece ter durado pouco; O Grupo RBS abriu 18 vagas para jornalistas em junho e contratou 14 profissionais em 20 dias. E avisou que tem mais vagas. As contratações não param: o Ministério a Justiça anunciou concurso público para profissionais nas áreas de comunicação social com habilitação em jornalismo e relações públicas, os salários variam de R$ 6 mil a R$ 8 mil.
O horizonte continua promissor para a imprensa – que o ex-presidente e uma turma de alienados, até poucos dias atrás, entram em êxtase com o discurso de Lula que já afirmou desapreço pela leitura – a Rede Globo busca profissional com formação superior em rádio e TV para preencher vaga de editor. A oportunidade é para trabalhar no escritório da emissora em São Paulo.
E as oportunidades não param, têm até para estagiários. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) abriu Processo Seletivo Simplificado de Estágio para preenchimento de 23 vagas e formação de cadastro reserva em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo para cursos de jornalismo e outras áreas, com nível superior, técnico e médio. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no site do CIEE.
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IDENTIFIQUE-SE

A Câmara dos Deputados debaterá um projeto de lei que pretende acabar com o anonimato na internet brasileira.
De autoria do deputado federal Silvio Costa, do Partido Social Cristão em Pernambuco, o PL 1879/2015 quer alterar o Marco Civil da Internet para incluir a exigência de guarda do nome completo e número CPF dos internautas que quiserem publicar alguma coisa na rede.
Qualquer site que permita a exposição de ideias teria de armazenar essas informações de seus usuários. A obrigação seria estipulada pelo acréscimo de um parágrafo ao Marco Civil em que se leria: "O provedor de aplicações de internet previsto no caput, sempre que permitir a postagem de informações públicas por terceiros, na forma de comentários em blogs, postagens em fóruns, atualizações de status em redes sociais ou qualquer outra forma de inserção de informações na internet, deverá manter, adicionalmente, registro de dados desses usuários que contenha, no mínimo, seu nome completo e seu número de Cadastro de Pessoa Física (CPF)."
Para o deputado Silvio Costa, "essa simples exigência irá, por certo, coibir bastante as atitudes daqueles que, covardemente, se escondem atrás do anonimato para disseminarem mensagens criminosas na rede". "Além disso", continua ele, "indivíduos que insistirem nesse tipo de conduta serão mais facilmente identificados e devidamente processados."
O projeto está parado na Câmara para análise das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e Constituição e Justiça e de Cidadania.
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LA DULCE VIDA DE PETISTA

Uma brasileira flagrou o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), “curtindo a balada Flower Power em Ibiza”, a leste da Espanha, e postou a foto no Instagram, com a hashtag #ForaPT.
Enquanto o desemprego no Brasil atinge o maior índice da série histórica, a inflação beira os 10%, a projeção de queda no PIB aumenta para 1,76%, o dólar ultrapassa os R$ 3,40 e o consumo das famílias tem a maior queda desde 2008 – tudo isso graças ao partido de Delcídio -, o petista aproveita suas merecidíssimas férias, supostamente com a família, na paradisíaca ilha espanhola.
É até compreensível a irritação da turma de Delcídio, no Instagram, com o flagrante.
Nada mais legítimo que um líder do governo no Senado gaste na Europa supostamente seu salário mensal de R$ 33,7 mil pago pelo povo brasileiro, enquanto o povo brasileiro vê seu próprio salário desaparecer.
Delcídio tem todo o direito de curtir la dulce vida de petista.
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quarta-feira, 29 de julho de 2015

SANHA ARRECADATÓRIA

A sanha arrecadatória do governo Dilma para cobrir o rombo nas contas públicas, parece não ter limites. Após tantos cortes, um arrocho fiscal imaginável para a maioria da população brasileira – que o PT escondeu debaixo do tapete durante as eleições do ano passado – o governo mira a internet para abarrotar os cofres.
Leia abaixo a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
BRASÍLIA - Com a queda da arrecadação e com as dificuldades de elevar as receitas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 28, que tem conversado sobre a tributação da internet. Segundo Levy, "esse é um dos temas globais". Levy explicou que alguns provedores estão fora das fronteiras e que está sendo discutida uma forma de tributação para o setor. "Cada vez que a economia vai para uma direção, temos que discutir uma maneira correta de tributar essa direção."
O ministro fez questão de ressaltar que o "tamanho e distribuição da carga tributária são importantes para o dinamismo da economia". Ao lado do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, Levy afirmou que, "no segundo semestre, vai aprofundar o trabalho do começo do ano". Para o ministro, em algumas áreas, foram alcançados os objetivos plenamente e em outras será preciso "mais diálogo".
Durante evento comemorativo dos 40 anos da Escola de Administração Fazendária (Esaf), Levy ressaltou o momento de transformação que a economia está vivendo e disse que é necessário "encontrar o caminho do crescimento". O ministro recordou ainda que é preciso enfrentar os problemas da Previdência Social, após ajustes sugeridos pelo governo.
Outro ponto levantado por Levy foram as taxas internas de retorno das concessões, que, segundo ele, agradaram o mercado financeiro. "Taxas de retorno das concessões em logística foram extremamente bem recebidas pelo mercado", ponderou.
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PENSÕES ALIMENTÍCIAS

O cantor e vice-prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Frank Aguiar (PMDB), enviou um comunicado à imprensa na última segunda-feira (27), defendendo-se sobre as acusações de atraso nos pagamentos das pensões alimentícias dos seus filhos com Renata Banhara e Andréia César.
A notícia foi divulgada na coluna Olá, do jornal Agora São Paulo, segundo a coluna, as ex-mulheres entraram com ações na Justiça acusando-o de não cumprir os pagamentos.
No comunicado à imprensa, Frank Aguiar disse que está triste e decepcionado: "Fico muito triste e decepcionado em ver tais atitudes que considero desnecessárias (...)”.
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OS ACHACADORES E O SHOW DE NEPOTISMO SEQUENCIADO

Em artigo enviado ao Blog, o advogado Alfredo Marques avalia a trajetória política dos Ferreira Gomes. Confira:
Através da prática do nepotismo – favoritismo para com parentes pelo poder público – a família Ferreira Gomes vem se mantendo no staff do Governo do Ceará há algum tempo. Com a saída do secretário das Cidades do Estado, Ivo Gomes, agora é o engenheiro Lúcio Ferreira Gomes, irmão de Ciro, Cid e Ivo, o nome cotado para administrar a pasta. Ele foi chefe de gabinete do irmão mais velho Ciro, quando este governou o Ceará de 1991 a 1994, e é o único dos irmãos a estar afastado do poder público.
O costume de nomear parentes para cargos na administração pública não foi um legado apenas do ex-governador Ciro Gomes. Cid Gomes, ainda quando prefeito de Sobral, nomeou o irmão Ivo Gomes chefe de gabinete da Prefeitura e secretário de Desenvolvimento da Educação. Em 2007, já eleito governador do Estado, Cid Gomes convidou Ivo para assumir a chefia do gabinete do Governo do Estado, cargo que ocupou até março de 2011.
Assim como Ivo, Ciro Gomes também fez parte do governo de Cid Gomes. Em 2013 ele foi nomeado secretário de Saúde do Estado, quando prometeu acabar, em um prazo máximo de 90 dias, com o “piscinão” no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), afirmando ter as “costas largas” para isso, mas não obteve êxito.
Agora, no governo de Camilo Santana, apoiado pelos Ferreira Gomes, Ivo Gomes assumiu a secretaria das Cidades no início da gestão, porém deixou a pasta afirmando que o motivo seriam os atrasos de repasses, por parte do Governo, para pagamento dos vigilantes da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor).
A saída de Ivo Gomes, no entanto, parece não acabar com a cota de nomeações da família Ferreira Gomes na administração do Estado. A nomeação de Lúcio Ferreira Gomes seria providencial para colocar um fim nos boatos de que a saída de Ivo do Governo seria um rompimento entre a sua família e o governo de Camilo Santana, fortalecendo a aliança.
O argumento utilizado pelo governador para a escolha do seu staff administrativo seria o currículo dos nomeados para garantir uma gestão eficaz. Lúcio Ferreira Gomes ocupa cargo executivo na operadora de telefonia Oi. Nesse caso, fica o questionamento se Lúcio Ferreira Gomes será o novo secretário das Cidades por aptidão curricular ou por ter o mesmo sobrenome de Cid, Ciro e Ivo. Ah, e não nos esqueçamos também da ex-cunhada Patrícia Saboya, que agora é conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Família unida.
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terça-feira, 28 de julho de 2015

OS DESASTRES NA CALADA DA NOITE

Artigo de Cilene Victor
Quem tem memória sabe que os desastres são sempre anunciados, porque são previsíveis. São invisíveis porque atingem, na sua maioria, as populações mais vulneráveis social e economicamente. E são silenciosos, porque são construídos ao longo do tempo, resultados de uma série de combinações, como por exemplo a inércia do governo diante da urgência de tornar a sociedade mais resiliente aos desastres.
No campo da prevenção, o Brasil sempre agiu de maneira desproporcional aos impactos dos desastres anunciados, aqueles previsíveis.
Nos últimos anos, porém, pressionado por tragédias de grande intensidade e, consequentemente, de ampla repercussão na imprensa, que pautaram as conversas cotidianas e resultaram na pressão da opinião pública, alguns passos importantes foram dados.
Quando o país parecia ter achado um norte, assumindo uma postura comprometida com a sua Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, uma decisão pode romper esse curso e ameaçar o presente e o futuro das boas práticas de redução de riscos de desastres (RRD), por meio das quais torna-se possível reduzir as perdas humanas e os prejuízos econômicos provocados pelos desastres.
A decisão, tomada em silêncio e no escuro, é a fechar o Centro de Excelência para a Redução do Risco de Desastres do Escritório das Nações Unidas para RRD (UNISDR-CERRD), localizado no Rio de Janeiro.
Quem faz o alerta é a Rede de Centros e Núcleos de Pesquisa em RRD, formada por profissionais e pesquisadores engajados com a agenda nacional e internacional de redução de riscos de desastres, muitos dos quais alocados em núcleos, centros e grupos de pesquisa públicos espalhados pelas cinco regiões do país.
Em uma carta aberta dirigida ao governo, a Rede questiona o anúncio  do fechamento desse Centro de Excelência, criado em 2013, fruto de uma iniciativa do Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres em parceria com o governo brasileiro.
Criado após o país ter enfrentado desastres de grande intensidade, como os que acometeram a região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, Alagoas e Pernambuco, em 2010, o CRRD-UNISDR pode ter suas atividades encerradas no Brasil até dezembro.
Como num desastre na calada da noite, que toma todos de surpresa, o governo ainda não oficializou a informação, mas a Rede se antecipa e registra no documento as conquistas que o país alcançou sob a luz do CERRD e o que pode significar o encerramento de suas atividades.
A carta aberta da Rede precisa chegar nas mãos do governo, mas também precisa ser divulgada por todos os órgãos de imprensa e provocar na opinião pública a inquietação necessária para reverter a decisão - incompatível com os últimos discursos do governo sobre o enfrentamento das mudanças climáticas e a promoção do  desenvolvimento sustentável.
Muitos estudos têm associado a frequência e a intensidade dos desastres às mudanças climáticas, como também têm alertado sobre os seus impactos nas populações mais pobres, retrato do que ocorre no Brasil.
Embora sejam alvos de controvérsias, algo comum no universo científico, esses estudos têm servido de base para a concepção de políticas públicas nacionais, protocolos e marcos internacionais, como o Marco de Ação de Sendai para a Redução de Riscos de Desastres, assinado durante a Terceira Conferência Mundial da ONU sobre o tema, realizada em março no Japão.
Com a maior delegação que já conseguiu levar para uma conferência da ONU sobre essa temática, resultado da mobilização promovida pelo CERRD, o Brasil assumiu em Sendai uma postura elogiável, compatível com a de qualquer país engajado na redução de riscos de desastres.
Quatro meses após a Conferência da ONU, o fechamento do Escritório não significará apenas uma contradição à postura comemorada por representantes brasileiros de vários setores presentes em Sendai, mas conotará um desrespeito às vítimas dos desastres que acometeram o país e às vítimas dos desastres que estão por vir.
Se essa decisão for tomada, o país assumirá um retrocesso sem precedentes e não terá outra saída senão a de entrar pela porta dos fundos da COP 21, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
A menos de cinco meses da COP 21, a concretização da ameaça de fechar o Centro provocará uma reação em cadeia, condenando ao fracasso ações e políticas públicas em outras áreas interligadas às de redução de riscos de desastres.
Leia a carta na íntegra.
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DILMA JÂNIO ?

A revista Carta Capital chega hoje às bancas com uma capa que entra para a galeria das capas memoráveis. Ironicamente, a publicação esquerdista que, por meio de sua linha editorial, também bateu duro em Marina Silva, na eleição do ano passado, hoje, ver em sua presidente Dilma, o Jânio Quadros da vez.
A ascensão de Marina nas pesquisas, deixou todo staff petista apavorado, com a probabilidade de ter que desocupar o governo, e João Santana, marqueteiro de R$ 78 milhões da campanha de Dilma, em reunião com o triunvirato petista num hotel próximo a Avenida Paulista, após o debate que aconteceu no SBT, no fim daquele tarde, traçaram como derrubar Marina.
A tática do jogo sujo do marqueteiro foi lançar inserções na tv e no rádio, comparando Marina com Jânio, com Collor, tocando o terror que, num eventual governo da ambientalista, ela não aguentaria a pressão, não teria apoio no Congresso. Não teria base para governar, e sem força política, teria o mesmo destino que teve Jânio, a renuncia.
Até o língua de trapo, o ex-tudo Ciro Gomes que antes criticava o PT e Dilma, meteu o bedelho, fazendo previsões nesse sentindo, que, num possível governo Marina, não duraria dois anos. Hoje, se percebe que as previsões de Ciro Gomes são a lá Mãe Dinah. Por uma dessas ironias do destino, é o PT, Ciro Gomes e mais uma cambada de raivosos, mentirosos que tentam segurar sua candidata eleita, Dilma, pelo menos até o fim deste ano, e não ter o mesmo destino que teve Jânio, Collor.
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PAÍS TATEIA NA ESCURIDÃO

Por Gaudêncio Torquato, via Blog do Noblat
Um véu de incerteza teima em cobrir o espírito nacional, adensando as expectativas, aumentando as angústias e diminuindo a crença nas instituições políticas e sociais. Em quase todos os aspectos da vida nacional, impera a dúvida.
Não sabemos até onde irá essa Operação Lava Jato. Até quando o juiz Sérgio Moro continuará a dar as cartas? Até quando o STF fechará o imbróglio que envolve políticos? Ignoramos se as cartas do intrincado jogo de poder  serão repartidas entre grupos que defendem o governo e se servirão para administrar as intempéries que assolam as roças da política.
Não sabemos o tamanho da enrascada que consome  Estados e municípios. Estamos no início do caos, no meio da crise ou muito longe do fim do túnel? Ninguém sabe, mas todos se aventuram a garantir verdades nesse território que ama construir versões.
Ora, Dilma será afastada; ora, Lula movimentará seus exércitos para defendê-la; ora, os tucanos dizem não querer impeachment; ora, dizem ser a favor; ora, as contas do Governo serão desaprovadas pelo TCU e as contas de campanha, idem, pelo TSE. Nada certo.
Nas ruas, nos escritórios, praças e bares, emerge o país lúdico que ri da tragédia e se comove com a comédia. Comédia e tragédia, aqui, se fundem num amálgama que, frequentemente, traduz a falta de racionalidade do nosso povo tropical.
As redes sociais se locupletam com sátiras e piadas, algumas de extremo mau gosto. Mas há também graça. A improvisação, o gosto pela aventura, a alma criativa se expandem nesses tempos de recessão econômica.
A desconstrução de eixos administrativos montados por governos anteriores passa a integrar o exercício dos governantes que iniciaram sua jornada em janeiro deste ano. E assim cresce o Produto Nacional Bruto do Eterno Retorno.
Os nossos homens públicos mais parecem dândis na escuridão. Não enxergam o profundo caos em que está afundada a imensa maioria da população brasileira.
Não são apenas as gritantes estatísticas de violência das metrópoles que assustam. Os assassinatos e assaltos (até de roubo de bicicletas) tornam-se eventos banais.
O desemprego ronda as famílias ( são mais de 8 milhões de desempregados) e deflagra ondas de medo, corroendo esperanças.
Os serviços públicos continuam a cair de qualidade. Morre-se de doença velha – dengue, por exemplo- em um atestado de volta ao passado.
A tristeza se estampa nas filas de pessoas que procuram emprego. As cenas do interior tórrido do Nordeste voltam com intensidade. Repete-se a cosmética de miséria incrustada em nossas mentes.
Para onde foram os bilhões dos desvios da roubalheira?
Quem consegue enxergar melhorias nas áreas da saúde, educação, saneamento básico, transportes urbanos, segurança pública?
Em alguns Estados, a penúria se instala. Os governos procuram ajustar suas contas. De 27, cerca de 20 estão perto do ajuste. Mas os cofres continuam pobres.
Nas ruas, as massas ruminam desconfianças, afastam-se das instituições e de seus representantes, afogam-se em mágoas, perdem-se em ilusões.
O Governo Federal deixou de ser a Tábua de Salvação para ser a Caixa de Pandora, cheia de surpresas; dos bons tempos de farta Bolsa Família, só lembranças. Da era do crédito fácil da era Lula, só velhos retratos.
A imagem da presidente Dilma afunda-se. Bate em 7% de aprovação.
Quando se espera que o governo defenda o rigor do pacote de ajustes, reduz a meta fiscal. Joaquim Levy, o próprio, que defende rigor nas contas, anuncia a desidratação de seu pacote com a redução da meta fiscal para 0,15% do PIB com abate de R$ 26,4 bilhões na receita.
A propósito, conseguirá Levy fazer passar pelo congresso o projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior? De 500 bilhões, conseguira trazer 40?
A nova matriz econômica começa de maneira capenga. Onde foram parar as grandes obras do PAC? Caminham lentas.  O PT  gira tonto pelas ruas do Planalto, sem saber que rumo tomar.
Descalabros emergem todos os dias, ganhando espaços midiáticos, a partir das trombetas de Curitiba. O torto, o errado, o inusitado, o roubo, as negociatas que fariam inveja a Tio Patinhas já não mais comovem. De tão rotineiras, amortecem nosso espírito.
Sem perspectivas e sem crenças, o povo acaba banalizando a criminalidade. Que se expande. Um estado catatônico se instaura. Matar virou um ato de rotina. A morte é um evento que não mais comove.
A grandeza de uma Nação não é apenas a soma de suas riquezas materiais, o produto nacional bruto. É o conjunto de seus valores, o sentimento de pátria, a fé e a crença do povo, o sentido de família, o culto às tradições e aos costumes, o respeito aos velhos, o amor às crianças, o respeito às leis, a visão de liberdade, a chama cívica que faz correr nas veias dos cidadãos o orgulho pela terra onde nasceram.
A anulação de alguns desses elementos espirituais faz das Nações uma terra selvagem. O país tateia na escuridão. 
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FRENTE E VERSO

Charge do Amarildo
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POLÍTICA E REALISMO MÁGICO

Artigo de Fernando Gabeira
“O Brasil é de uma fidelidade a si mesmo enorme. Muda para não mudar. É metade corrupção, metade incompetência”. Esta frase do historiador Evaldo Cabral de Mello define nossos principais problemas. Mas ele, que é um grande historiador, deve concordar também que existem pessoas talentosas, grupos capazes, ilhas de excelência no Brasil. Aqui no Rio aconteceu algo interessante. Liderado pela professora Suzana Herculano-Houzel, um grupo de pesquisadores brasileiros fez importante descoberta sobre o córtex cerebral.
O resultado da pesquisa foi publicado na revista “Science”. O estudo brasileiro desfez um mito sobre o córtex e sua relação com os neurônios. Um feito mundial. O grupo liderado por Suzana, no entanto, trabalha numa universidade em crise e ela colocou dinheiro do próprio bolso para comprar reagentes. Se quiser avançar em sua pesquisa, o grupo talvez tenha de escolher o caminho do aeroporto. A ilha de excelência corre o risco de naufragar no oceano de incompetência e corrupção.
O Brasil subestima a ciência e a pesquisa. É uma escolha que nos distancia do mundo. Deve haver mil razões para este fenômeno. Uma frase que ouvi na televisão talvez dê uma pista: os asiáticos construíram fábricas, e os latino-americanos, shoppings centers. De fato, muitas conquistas da ciência e da tecnologia desembocam nas prateleiras das lojas. Mas esta não é uma escolha acertada para o longo prazo. Falar em longo prazo no Brasil de hoje é quase heresia. Estamos enredados nas armadilhas do cotidiano. A política é um nó, a própria presidente evoca o seu impeachment e convida: venham me derrubar.
Não somos Macondo, o território mítico criado por García Márquez, mas nossa política, às vezes, se aproxima do realismo fantástico. Guardo alguns momentos na memória. Ulysses Guimarães, certa vez, cumprimentou o corneteiro numa solenidade. Houve um certo zunzum. Será que caducou, deixou de tomar o remédio diário? Mas eram momentos líricos. E para dizer a verdade, entre tomar remédios e cumprimentar corneteiros, talvez a última seja a solução mais branda. Esse lirismo já não existia mais nas intempéries de Collor: eu tenho aquilo roxo, dizia ele num acesso de arrogância.
Quando Dilma começou aquela frase: precisamos comungar o milho com a mandioca, percebi que estávamos vivendo mais um momento de realismo fantástico. No dia seguinte, na rua, um homem me abordou e disse que a explicação estava na dieta que Dilma faz para emagrecer.
Caetano Veloso escreveu um verso: “esse papo já tá qualquer coisa/ você já tá pra lá de Marrakesh”. No auge da crise, parece que dentro de Dilma mexe qualquer coisa doida. Mexe qualquer coisa dentro: numa outra oportunidade, ela saudou o fogo e a cooperação como as maiores criações tecnológicas da Humanidade. Pra lá de Teerã.
O filósofo inglês John Gray, que escreve interessantes ensaios, passou pelo Brasil e disse sobre a Europa: é possivel viver sem esperar que o mundo necessariamente melhore. Tudo bem. Nesse momento, no Brasil, estamos aprendendo a viver com a certeza de que o mundo vai necessariamente piorar. Dilma fez preleções sobre o fogo e a mandioca, mas é incapaz de dizer uma frase, ainda que não tenha muito sentido, sobre a crise nas universidades. Ela usou o slogan “Pátria educadora” como se usa um boné em dia de sol. Esqueceu no armário, com as outras quinquilharias produzidas pelo marketing.
Berço da filosofia ocidental, a Grécia passa por dificuldades. Entre o ajuste financeiro e as últimas medidas de Dilma, sobretudo a de cobrir parte do salário para evitar desemprego, há uma pequena contradição. Ela diz que será moleza permanecer no poder. Acho que continua saudando a mandioca. Não tem base política confiável, não consegue definir um ajuste e é cercada de problemas que partem de três direções: TCU, pedaladas; TSE, caixa dois; Operação Lava Jato, corrupção na Petrobras. Se ela conseguir superar esses problemas, com 9% de aceitação popular, no auge de uma crise econômica que produz desemprego, perda de renda, estarei saudando a mandioca.
Seria preciso combinar o milho com a mandioca, levar ao fogo para cozinhar no caldeirão a receita que salve o barco. No momento, ele navega rumo ao Triângulo das Bermudas. A comandante e seus marujos podem sumir nele. O país é grande demais para isso. O que sei é que esses tempos de incerteza nos atrasam. Não só o que acontece na universidades é desolador. Muitos projetos estão paralisados à espera de uma definição. Num país em que a presidente desafia a oposição a derrubá-la, quem vai fazer planos para o futuro? Ela mesma nos convida a adiar projetos e esperar o desfecho de seu mandato. Dilma é um manual ambulante da inabilidade política. Sua capacidade de complicar as coisas talvez contribua para uma saída mais rápida. Mas, ainda assim, vivemos num compasso de espera. É o tipo de situação que não pode se prolongar. Sair do buraco em que nos meteram é grande tarefa nacional.
Artigo publicado no Segundo Caderno do Globo em 12/07/2015
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segunda-feira, 27 de julho de 2015

PERDEU, PRÍNCIPE

Artigo de Fernando Gabeira
Chamou-se “O jogo da imitação” o filme sobre a vida do criptoanalista Alan Turing, que desvendou os códigos nazistas durante a Segunda Guerra. O esforço coletivo será menor para desvendar as anotações no iPhone de Marcelo Odebrecht. Elas revelam algumas indicações contundentes e inequívocas de corrupção. Mas trazem muitos enigmas que nos impelem a devendá-los, pelo menos para saber o que, realmente, aconteceu com o Brasil. E, é claro, extrair as consequências.
Marcelo Odebrecht foi intitulado o Príncipe dos Empreiteiros. Jovem, rico e bem educado, adotou a tática petista de negar, encarou com desdém a investigação. Na cadeia, tropeçou pela primeira vez, enviando um bilhete determinando a destruição de um e-mail sobre venda de sondas. Mas agora, com as mensagens em seu telefone, eu diria: perdeu, playboy, na linguagem plebleia, mas o adequado é: perdeu, Príncipe.
São evidentes, mesmo com as barreiras de códigos, as relações íntimas entre a Odebrecht e o governo. Cúmplice na Lava-Jato, pede um contato ágil com o grupo de crise do governo. Esperar um contato ágil do grupo do governo é sonho de executivo. De todas as maneiras, isso demonstrava como estavam juntos, na tarefa de escapar da polícia.
Recados como este a Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma: avisa a ela que pode aparecer a conta da Suíça. Não é preciso grandes decifradores para supor que a campanha do PT foi feita com dinheiro que veio da Suíça. Bem que desconfiei. Uma campanha tão bem educada: a grana vinha da Suíça. Esse tópico é tão interessante que quase todos fingiram não notar, como se não olhar para a bomba impedisse que exploda.
Odebrecht usou métodos de máfia, ao mobilizar dissidentes da Polícia Federal para melar a Lava-Jato. Tudo indica que foram esses dissidentes, numa outra ação, que colocaram uma escuta clandestina na cela de Alberto Youssef, na esperança de anular o processo. Está quase tudo lá no telefone de Marcelo. Amigos poderosos, propinas, orientação para artigos. Numa dessas, ele reclama que o foco da Lava-Jato está sobre os empreiteiros e é preciso deslocá-lo para os políticos. Mas a tática está dando certo. Políticos são mais experientes e escorregadios. O grande material contra eles virá precisamente das delações, de anotações como essas do iPhone.
Marcelo Odebrecht optou pelo silêncio. Mas deixou pistas pelo caminho. Como se dissesse; se querem me pegar, trabalhem um pouco com a cabeça. Ele terá que se explicar ao juiz Sérgio Moro. Mas se usar a tática do bilhete, destruir/desconstruir, vai se dar mal. É hora de contar tudo ou então assumir as consequências. Até plano de fuga, saída Noboa, estava previsto em suas mensagens. Noboa é um dirigente equatoriano que fugiu do país para a República Dominicana.
Chega de esconde-esconde. Isso vale também para Dilma e o PT. Em Portugal, abriram-se investigações sobre o negócio entre telefônicas no Brasil. Uma equipe peruana vem investigar no país o caso Odebrecht, pois suspeita que houve corrupção. Os americanos monitoram a Odebrecht. O Brasil virou uma grande cena do crime. Qualquer dia vão nos cercar com aquelas fitas pretas e amarelas e chamar os turistas para filmarem o PT, aliados e a Odebrecht, dizendo que não roubaram nada. Foi tudo dentro da lei. Só pela cara de pau mereciam uma punição extra.
Hoje, Dilma, Renan e Eduardo Cunha constituem um triângulo das Bermudas. Nele desaparece toda a esperança. Cunha agora é contra Dilma, Renan também. Há quem ache que é preciso poupá-los porque são contra Dilma. Mas hoje quase todo mundo é. Cunha está sendo acusado de levar US$ 5 milhões da Toyo Setal. Um dos indícios era o requerimento que a deputada Solange Gomes apresentou para pressionar os empresários. O requerimento foi produzido no computador de Cunha.
Fui deputado com os dois, Cunha e Solange. Um dia, ela veio com um jabuti para acrescentar numa medida provisória: isentar a indústria nuclear de alguns impostos. Fui perguntar o que era aquilo e ela não sabia responder. Percebi que era apenas uma assinatura de aluguel. Trabalhava em sintonia com Eduardo Cunha. Quando surgiu essa pista do requerimento de Solange, mesmo antes de descobrirem que veio do computador de Cunha, na solidão do quarto hotel, soltei o grito da torcida do Atlético Mineiro:
— Eu acredito!
As próximas semanas devem ser decisivas contra essas forças que ainda dominam o Brasil mas estão em contradição com ele. Ministros, deputados, presidentes e ex-presidente, todos farão o esforço final para escapar da enrascada. Dilma contra Cunha, Renan contra Dilma, Dilma contra Renan, eles podem dançar à vontade o balé dos enforcados. Lembram-me uma canção da infância, nascida nas rodas de capoeira: “A polícia vem, que vem brava, que não tem canoa cai n’água. Pau, pau, peroba, foi o pau que matou a cobra.” Pelo menos cantávamos, naquela época.
Hora de recomeçar.
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CONVERSANDO COM GODOY

Na última sexta-feira (24), como foi divulgado por este Blog, a presidente Dilma seria a entrevistada do programa Mariana Godoy Entrevista.

O telespectador que ligou a TV ou assistiu o programa pela internet ficou surpreso; o entrevistado, ao vivo, foi o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Pezão sentiu-se no Palácio das Laranjeiras; jogou baralho, comeu torresmo com a apresentadora Mariana Godoy. Em contato com fontes da Rede TV, para saber o motivo da mudança, não obtive resposta.
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A PROFECIA DE DILMA

Por Mary Zaydan, Blog do Noblat
 Crise é crise e não adianta chorar pitangas depois que ela eclode. Sabe-se que é preciso achar saídas, por mais dolorosas que elas sejam. Sabe-se também em quais ombros recai a fatura, já materializada nas contas de luz, nos preços dos alimentos, do transporte, dos bens e serviços, no emprego que vai embora. Nada disso parece comover a presidente Dilma Rousseff.
Ela resiste a cortar gastos no custeio do governo e os dela própria. Em sua recente viagem a Nova York desembolsou U$ 22 mil do contribuinte para hospedar-se por duas noites na suíte Tiffany do Hotel St. Regis, aposentos com 158 m². Mais de R$ 40 mil cada pernoite. Um acinte.
Com luxos dessa ordem, Dilma escancara seu completo descaso aos que estão pagando a conta da crise sem precedentes em que ela meteu o país. E amplia sua rejeição. Continua sem aprender que política se faz com gestos – para os quais ela definitivamente não tem qualquer habilidade - e símbolos.
Erra ainda mais como governante. Não reduz em um milímetro a máquina gigantesca. Não corta um cargo sequer. Gasta muito mais do que arrecada. E gasta mal. Mas há de se fazer justiça. Nessa seara os erros do governo começaram muito antes.
Antecessor e padrinho de Dilma, o ex Lula dirigiu o país em época de fartura. Desperdiçou dinheiro em caprichos milionários, a exemplo da refinaria Abreu e Lima (PE), em parceria com o bolivariano Hugo Chávez, que lhe deu o cano. Ou ainda no lançamento de foguetes com a Ucrânia, acordo que será desfeito 12 anos depois de lançar pelos ares R$ 500 milhões do Tesouro.
Na Copa do Mundo da Fifa, Lula foi imbatível. Sob a sua batuta, o Brasil iniciou a construção ou reforma de 12 estádios. Custaram R$ 8 bilhões, 285% acima dos R$ 2,8 bilhões fixados em 2007. Quase o montante total do esforço fiscal que o governo estabeleceu agora ao reduzir sua meta para 2015.
De acordo com o Tribunal de Contas da União, a Copa custou R$ 25,5 bilhões. Apenas R$ 7 bilhões foram investidos em mobilidade, e das 26 obras previstas em aeroportos, só 14 foram concluídas.
Embora o país tenha pelo menos 25 empreiteiras de grande porte, de acordo com o faturamento publicado na revista O Empreiteiro, as 10 denunciadas pela Lava-Jato aparecem em todas essas obras e, na maior parte das vezes, com generosos financiamentos do BNDES, que também assegurou a elas expansões na América do Sul. Sempre com o aval de Lula.
A partilha entre o cartel de empreiteiras companheiras pode ter garantindo obras da Copa para todas, mas no caso do Centro de Lançamento de Alcântara, de onde sairiam os foguetes ucranianos, o contrato do consórcio Odebrecht-Camargo Correa foi direto, sem licitação.
Não há receita mais perversa para um país do que um governo tarimbado em incompetência, malversação, roubalheira e incúria. Que gasta a rodo sem ter receita. Que, quando não patrocina, estimula ou faz vistas grossas à corrupção.
Dilma jamais imaginaria que as palavras ditas em 2013, na inauguração da Arena Fonte Nova, em Salvador, seriam proféticas: "Somos um país conhecido como sendo insuperável no campo, mas nós estamos mostrando que somos insuperáveis também fora de campo”.
Na Copa, o seleção brasileira terminou eliminada pela Alemanha por vexamosos 7 x 1. Extra-campo, os resultados são ainda piores.
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domingo, 26 de julho de 2015

VOU FESTEJAR...

Por Mário Vitor Rodrigues, via Blog do Noblat
Não tenho pistas sobre o fim do Brasil - quem sou eu, se até mesmo Marcelo decidiu repensá-lo - mas defendo desde já a derrota de 7 a 1 para a Alemanha como sendo o ponto mais alto da nossa existência. Foi graças à sova germânica que o sarcasmo passou a ter prioridade por aqui, assumindo o protagonismo nas esquinas, via preços altos, abusos, auto-enganos e esculachos. Convenhamos, só mesmo tão perfeita humilhação poderia jogar luz sobre uma realidade preexistente, enfrentar de peito aberto hipócritas de grife mundialmente reconhecida - nós - e de quebra mudar por completo a maneira como um povo assiste a telejornais.
Dia desses, por exemplo, mal liguei a televisão e dei de cara com um rosto bem vermelho, olhos esbugalhados, cabelos reunidos em um tufo com ares de crina para quem é governista, nada além de um patético penacho para o brasileiro já cansado de tanta bandalheira. Exato, Eduardo Cunha preenchia toda a tela, mas não mudei de canal. Enquanto escovava os dentes também ouvi o nome de Collor, algo sobre a Casa da Dinda e carros espetaculares. Deu até tempo para prestigiar uma análise a respeito do vexatório encontro no Porto.
Devo admitir, estou achando ótima essa saraivada de escândalos. Melhor do que ver tanta sujeira sendo expurgada, principalmente quando envolve caciques desde sempre tidos como intocáveis, só mesmo perceber o bom funcionamento de instituições como o Ministério Público e a Polícia Federal. Não é pouca coisa, em se tratando de uma sociedade habituada a promiscuidades e conchavos vários em praticamente todas as suas esferas.
A nova capa da Veja é outro bom sinal. Não é a primeira vez que alardeiam o cerco se fechando em torno de Luiz Inácio, é verdade, porém nunca antes o PT e seu líder máximo foram desnudados de maneira tão contundente.
O desabafo do capo di tutti capi foi sintomático. Comparar petistas a judeus perseguidos pelo nazismo, e em seguida declarar-se de “saco cheio” com tanto discurso de ódio? Desfaçatez sempre teve presença marcante na personalidade de Lula, mas o caso, agora, parece ser outro. Apenas o desespero pode explicar tão grosseira referência ao Holocausto. Sobre a segunda parte do discurso, uma gostosa gargalhada é o único comentário possível. Afinal, quem mesmo especializou-se em retalhar o Brasil de todas as maneiras possíveis, utilizando justamente o ódio como plataforma?
Só fiquei preocupado com o resultado da pesquisa CNT, dando conta que apenas 7% dos brasileiros aprovam o governo Dilma. Digo, fossem sete pessoas, e não sete por cento, considerando um governo cada vez mais bem sucedido na tarefa de afundar o País, envolvido em escândalos bilionários até a tampa e composto por larápios da pior espécie, ainda assim seria uma multidão de fazer Luther King babar na cova.
Peço desculpas se a cena descrita no segundo parágrafo não está perfeitamente detalhada. Escovava os dentes enquanto ouvia o noticiário? Voltava da rua ou me preparava para sair? Já não lembro mais. De todo modo estou otimista. Enquanto Marcelo titubeia, e Lula esperneia, eu fico só de camarote. O fim está cada vez mais próximo, de fato, mas, ao que tudo indica, ainda não será o nosso.
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NÃO CHORE POR MIM, ARGENTINA

Há exatos 63 anos, argentinos choravam a morte de Evita Perón, conhecida como Eva. Vítima de um câncer uterino, Evita morreu aos 33 anos. Seu velório parou o país. E o mito estava apenas começando.
Atriz, Evita se tornou uma líder política em seu país, quando casou com o general Juan Domingo Perón, tornando-se primeira-dama da Argentina.
Em 1996, chegou às telas de cinema de todo o país, o filme Evita, protagonizado pela popstar, Madonna e Antonio Banderas, dirigido por Alan Parker.
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sábado, 25 de julho de 2015

ASSUNTO DE CAPA

As quatro principais revistas semanais do país Veja, Época, IstoÉ e Carta Capital começaram a circular neste fim de semana. A crise política e econômica brasileira dominaram o assunto de capa das publicações.
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A TROÇA DO PEIXE

Em nota de esclarecimento, postada em seu perfil no Facebook, o senador Romário (PSB-RJ) fez troça com a reportagem de Veja. Com ironia e deboche, Romário diz que espera que a conta seja verdade e que, pretende sacar a grana. Segundo a reportagem, Romário tem uma conta na Suíça e não declarou ao Fisco. Leia abaixo a reportagem da revista Veja.
Da Veja 
Quem o vê na tribuna do Senado, fustigando os cartolas do futebol com acusações de irregularidades e à frente de uma CPI sobre falcatruas na Confederação Brasileira de Futebol, se impressiona: Romário de Souza Faria, 49 anos, ídolo da seleção, firma-se cada vez mais na política com um vigoroso discurso em defesa da ética e da lisura. A postura, apimentada por seus comentários afiados, é tão bem-sucedida entre os eleitores que o levou a ganhar com folga a disputa pelo Senado no Rio de Janeiro, na eleição do ano passado, e o coloca agora no topo das pesquisas sobre os mais cotados para a prefeitura do Rio em 2016. Tamanha popularidade acaba por deixar na sombra uma flagrante incongruência entre o Romário senador e o Romário cidadão: na vida pessoal, o ex-jogador é notório por suas pendências financeiras. Uma delas está nas mãos do Ministério Público Federal: um extrato de uma conta bancária em nome de Romário no banco suíço BSI, com sede em Lugano, no valor de 2,1 milhões de francos suíços, o equivalente a 7,5 milhões de reais. A pequena fortuna não aparece na declaração oficial de bens encaminhada por Romário à Justiça Eleitoral em 2014. Romário disse a VEJA que nunca ouviu falar da conta: "Até agradeço por me informarem. Se for dinheiro meu, vou buscar".
No extrato consta um crédito de rendimentos em aplicações no período de um ano a partir de 31 de dezembro de 2013, o que fez elevar o saldo aos mais de 7 milhões de reais atuais. A data do documento é 30 de junho de 2015. Ter dinheiro no exterior não é proibido. No caso de Romário, isso não necessariamente levanta suspeitas sobre sua origem, pois ele jogou em grandes clubes europeus, recebendo em moeda forte. "Abri contas na Holanda e na Espanha e, para ser sincero, não sei se fechei. Mas nunca mais movimentei", diz Romário. Brasileiros com conta em bancos estrangeiros e saldo acima do equivalente a 100 000 dólares devem informar à Receita Federal, que cobrará o imposto devido. Em 1997, quando jogava no Valencia, da Espanha, Romário foi autuado pelo Fisco por ter aberto empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, e para lá transferido aplicações e propriedades. O objetivo era escapar dos impostos. Só o valor que consta no extrato do BSI em nome de Romário supera em quase seis vezes o patrimônio total declarado por ele à Receita Federal, como é exigido de candidatos a cargos eletivos. Romário informou à Receita que seu patrimônio total era de 1,3 milhão de reais, entre imóveis, terrenos, cotas de empresas e aplicações financeiras.
A conta não declarada na Suíça passa a ocupar o topo da lista de enroscos financeiros de Romário em tempos recentes. Quando se examina o comportamento dele nessa área, não naquela em que reinou, fica evidente que o Baixinho é mau pagador. A lista de faturas em aberto no Rio de Janeiro vai de condomínios a pensão de filhos, passando pelo Fisco e pelo INSS. Só em impostos federais, Romário acumula pendências em torno de 2 milhões de reais. O senador já foi citado em 28 processos por dívidas e chegou a ser condenado em várias instâncias por sonegação fiscal. Parte dos processos subiu ao Supremo Tribunal Federal. O craque estava a um passo de ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa e só escapou por ter, finalmente, desembolsado 1,4 milhão de reais, renegociando o restante.
Um apartamento de Romário, avaliado em 4 milhões de reais, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste carioca, quase foi a leilão há poucos meses por falta de pagamento de 600 000 reais em taxas de condomínio. Na última hora houve acordo, e a dívida está sendo renegociada. Se Romário o perdesse, seria reincidência: em 2009, ele foi obrigado a entregar uma cobertura de 8 milhões de reais no luxuoso condomínio Golden Green, também na Barra. O imóvel foi leiloado por falta de pagamento de taxas. Quando o empresário Edson Bueno, então dono da Amil e comprador do imóvel, pegou as chaves, ficou impressionado com o estado de depredação. Romário diz que arrancou um aparelho de ar condicionado. Outras duas propriedades dele foram tomadas pela Justiça para quitar dívidas.
Romário não leva uma vida modesta. Ele circula pelo Rio de Janeiro em uma Ferrari vermelha, que, por via das dúvidas, registrou no nome de uma ex-­mulher. Seus bens são condizentes com os ganhos de quem já foi o jogador mais bem pago do Brasil - no Flamengo, recebia 320 000 reais por mês, em valores atuais. Da experiência, aprendeu que ganhar dinheiro é bom; gastar, nem tanto. Vitorioso na política - na qual entrou como deputado federal e, na eleição seguinte, já se transferiu para o Senado com votação recorde -, em 2013 amea­çou deixar seu partido, o PSB, e viu-se alvo de intensa disputa por seu passe. Quatro caciques de diferentes siglas envolvidos nas negociações disseram a VEJA que Romário é pragmático e a medida do seu interesse passava sempre por alguma recompensa. Acabou ficando no PSB. Expoentes de seu círculo contam que a recompensa nesse caso seria o pagamento do aluguel da mansão de 10 milhões de reais onde ele mora em Brasília. Tanto o partido como o senador negam o arranjo. Saldar o que deve, tudo indica, ele pode. Calcula-se que Romário tenha rendimentos anuais de 5 milhões de reais, entre campanhas publicitárias e pagamentos atrasados. Só do Flamengo, ele ainda recebe 159 000 reais por mês. O salário de senador é de 33 700 reais. Quando se esclarecerem as circunstâncias de sua conta no BSI, o Baixinho vai ter mais alguns milhões de razões para driblar seus credores.
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RECORDANDO RACHEL DE QUEIROZ

Hoje, 25 de julho que se comemora o Dia Nacional do Escritor, fez-me lembrar de uma história da escritora cearense, Rachel de Queiroz, relatada em sua autobiografia Tantos  Anos, escrita por Rachel e sua irmã caçula, Maria Luiza de Queiroz, em 1998.
Rachel de Queiroz, a pioneira cearense – foi a primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras, 1977 – conhecida pelas belas histórias contadas em suas obras, o carinho que tinha pelas palavras, seja nas crônicas, nas peças de teatro ou nos romances, ela era uma mulher à frente do seu tempo. Até na politica Rachel de Queiroz enveredou e teve uma vida intensa.
A consagrada carreira de escritora e jornalista, parte dos brasileiros já conhece, mas, na política é desconhecida pela maioria da população brasileira. Rachel se tornou membro do Partido Comunista ao lado de amigos de sua geração, uma turma politizada e ‘comunizada”, como relatou ela na autobiografia Tantos Anos, de 1998. Foi presa duas vezes.
Em 1931, após passar dois meses no Rio de Janeiro – tinha ido receber o Prêmio Graça Aranha, dado a O Quinze – Rachel volta ao Ceará, com credenciais do Partido Comunista, já politizada e com a missão de promover e reorganizar o Bloco Operário e Camponês, movimento político o qual ela tinha participado.
Rachel passou a fazer parte do Partido Comunista, mesmo sem ter feito uma ficha, assinado alguma ata. Aliás, não se podia deixar nenhum rastro de papéis, livros ou qualquer tipo de documento, a polícia era brutal e se pegasse algum vestígio, levava todos para a cadeia: às pessoas e os papéis. Com a chegada de Getúlio Vargas ao Rio, a polícia ficou mais feroz.
Em 1937, com a decretação do Estado Novo de Getúlio Vargas, os livros de Rachel de Queiroz foram proibidos e, num fato marcante, várias de suas obras acabaram queimadas em praça pública em Salvador (BA), junto a livros de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, todos classificados de subversivos.
O desligamento do Partido Comunista aconteceu após ela ver censurado pelo próprio Partido o romance João Miguel. No romance, João Miguel, ‘campesino’ bêbado, matava outro ‘campesino’. O aviso: só permitiria a publicação da obra, se Rachel fizesse as modificações apontadas pelo presidente do Partido Comunista. Segundo o Partido, a trama era carregada de preconceitos contra a classe operária.
Jamais se curvou as imposições feitas a sua obra, Rachel de Queiroz não aceitou as tais modificações exigidas pelo Partido Comunista, pegou o original que tinha datilografado e saiu em disparada, como relatado por ela no capítulo O Rompimento, da autobiografia Tantos Anos.
Em sua obra Caminho de Pedras (1937), Rachel trata desse momento político que viveu no Partido Comunista, porque fazer política na década de 20, ser comunista era muito perigoso. A ideia de comunismo era distorcida e alguém que ousasse se apresentar como comunista pagaria um preço alto, até com a própria vida.
Rachel de Queiroz faleceu dormindo em sua rede, em sua casa no Rio de Janeiro, em 4 de novembro de 2003.
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PRESO NA ORLA

Fernando Freire estava foragido desde 2014. Há quatro mandados de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O político é acusado de fraudes e desvio de recursos públicos.
Ele era vice-governador do Rio Grande do Norte e assumiu o executivo no lugar de Garibaldi Alves Filho, que foi tentar uma vaga no Senado, em 2002. Fernando Freire ficou como governador até 2003.
Com informações da Rádio CBN
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VIVA TEREZA DE BENGUELA

O dia 25 de julho tem um peso maior, é que, desde do ano passado se comemora o Dia Nacional da Mulher Negra e de Teresa de Benguela.
Teresa é considerada uma heroína por ter defendido seu povo da opressão, por volta de 1750, em Mato Grosso.
Chamada de Rainha Teresa, ela liderou o quilombo Quariterê, próximo a Vila Bela da Santíssima Trindade, em Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia.
Uniu negros, brancos e indígenas para defender o território por muitos anos. Foi ela a responsável pelo desenvolvimento do quilombo, implantando novos modelos de desenvolvimento, como o uso do ferro na agricultura.
A rainha chegou a ser comparada a Zumbi dos Palmares, um dos símbolos da resistência negra no país. A data agora é Lei e foi sancionada em 2014, pela presidenta Dilma.
Hoje, 25 de julho também se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha. A data foi instituída em 1992.
A data é um marco na luta da mulher negra contra opressão de gênero, o racismo, exploração de classe. A data dar visibilidade, reconhecimento, e reforça a presença da mulher negra nesse continente. 
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CADA VEZ PIOR

A imagem da economia brasileira na imprensa internacional está passando por uma crise. Depois de ensaiar uma melhora de perspectiva há algumas semanas, com elogios aos ajustes fiscais, o tom crítico e a preocupação voltaram a dominar as descrições da atual situação do país na mídia do resto do mundo.
Depois de o “Financial Times'' dizer que o país vive um “filme de terror sem fim'', uma reportagem publicada no site da revista americana de economia “Forbes'' aponta a piora no cenário econômico brasileiro, e diz que o quadro está se tornando cada vez pior de que se esperava.
Segundo a publicação, o país está perdendo seu valor e está cada vez mais perto de se tornar “lixo de novo'', diz, em referência à chance crescente de o Brasil perder a nota de grau de investimento da agências de risco, conquistada em 2008. Esse possível rebaixamento é o que é comparado a se tornar “lixo'', descartável, sem valor algum.
“O buraco da economia brasileira continua crescendo. (…) O Brasil está na areia movediça, e há poucos galhos por perto para tirá-lo de lá'', diz.
A mudança da meta fiscal anunciada nesta semana é indicada como mais uma razão para preocupação, assim como as instabilidades políticas por que passa o país.
“Por causa da mudança da meta fiscal, o Brasil enfrenta agora um risco maior de perder o grau de investimento que tanto quis e lutou para conseguir'', diz.
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RECORDANDO PEDRO LAVANDEIRA

Há exatos 12 anos, sobralenses davam adeus a um dos maiores poetas populares, Pedro Lavandeira. Mestre na arte de transformar grandes sucessos musicais em memoriáveis músicas de campanha política da família Prado, Pedro Lavandeira deixou o legado da amizade, competência e honestidade. Pedro sempre estava feliz.
Relembrando esse grande poeta popular Pedro Lavandeira, ouça a música O poeta partiu  que seu irmão, o cantor Zé Lavandeira fez para homenagear o saudoso irmão. Clique aqui e ouça outras músicas memoráveis das campanhas pradista, na voz de Pedro Lavandeira.
Como escreveu o poeta, jornalista Silveira Rocha, Pedro Lavandeira foi de uma política só, de um partido só. Pedro Lavandeira amigo fiel e compadre de Zé Prado, sempre esteve ao lado de Zé em suas campanhas, empunhando a bandeira branca.
Quem vê essa imagem do amigo Pedro Lavandeira, não tem como não voltar no tempo e reviver grandes campanhas políticas de nossa princesa do Norte. Pedro foi de uma política só, de um partido só, de um amigo só, o seu compadre José Parente Prado, de quem ele empunhara a bandeira branca desde quando o Zé iniciou sua trajetória política.
Via blog Sobral em Tribuna de Silveira Rocha, veja algumas frases do poeta Pedro, inseridas nas músicas que ele compôs:
"Vai, vai, vai, vai, ninguém segura não. O prefeito é o José Prado, ganha disparado nessas eleições".
(Primeira composição de Pedro, inspirada pelo próprio Zé Prado).
"Quem corre cansa, quem anda alcança, não vou de carro, pode virar"
(campanha de José Prado contra Carlos Alberto Arruda).
"Mas eu não sou de exigir muito, vista a roupa que quiser, mas doutor faça favor, de entregar a quem lhe entregou, entregue a Zé o que é de Zé".  (crítica a Dr. José Euclides).
"O verde que pintou no comício a vaca lambeu; o verde quis voltar novamente, a vaca comeu". (campanha Zé Prado contra Padre Zé").
"Ele ai, gosta de taxa e de imposto, até cachorro paga R$ 10 pra se soltar. Perdeu o rumo e agora vai tomando a reta, sonhando com bicicleta e carroça pra emplacar". (crítica a Cid Gomes).
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sexta-feira, 24 de julho de 2015

O PAPEL DE TEMER

Da IstoÉ
Durante uma conversa rápida e acima de tudo tensa, o vice-presidente, Michel Temer, mostrou como trabalha para buscar a governabilidade do País no momento em que as pesquisas revelam que seis em cada dez brasileiros clamam pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. A conversa se deu na Base Aérea de Brasília, na sexta-feira 17. Temer preparava-se para embarcar rumo a São Paulo, quando foi abordado pelos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha e Renan Calheiros, ambos do PMDB e na alça da mira da Operação Lava Jato. Mais irritado do que de costume e com um tom de voz acima do habitual, Cunha disse ao vice-presidente que iria naquele momento anunciar o rompimento com o governo. Lamentou que o Palácio do Planalto não o protegia das ações do juiz Sérgio Moro e antecipou que não pouparia esforços para colocar na pauta do Legislativo o impeachment de Dilma Rousseff. Temer interpretou o gesto como uma armadilha: Cunha teria preparado o cenário para colocar o vice-presidente como co-protagonista do rompimento com o governo e na declaração de guerra à presidente. Mostrando irritação, a resposta dada pelo vice-presidente traduz o pragmatismo político de Temer. Logo depois de dizer que o rompimento com o governo era um gesto isolado de Cunha e não o caminho escolhido pelo PMDB, ele afirmou ter um compromisso com a Constituição e não com o Código Penal. Lembrou aos interlocutores que não se furtará a ocupar o lugar da presidente caso um processo absolutamente constitucional leve ao impeachment. Mas, em seguida, advertiu que, se vier a se concretizar o afastamento da presidente e sua promoção ao comando do País, a postura será a de buscar convergências capazes de retomar o crescimento e não colocar a máquina governamental como instrumento de proteção ou a serviço de um ou outro grupo político.
Temer sabe da importância do PMDB e de sua atuação para a governabilidade do País, seja como vice-presidente, como substituto de Dilma se vier o impeachment ou como aliado de um novo presidente caso tanto Dilma como ele venham a ser afastados do poder em razão de falcatruas nas contas eleitorais do PT. Como vice, não abre mão da lealdade, ocupa espaço na articulação política do governo e vem trabalhando de uma maneira que o credencia, caso necessário, a ocupar o poder sem que o País mergulhe em uma crise institucional. Temer navega com facilidade pelas mais variadas legendas e setores da sociedade. E quanto mais a Lava Jato agrava a crise política, mais aumenta a importância do vice. Não é à toa que nos últimos meses o Palácio do Jaburu, sede da Vice-Presidência da República tem se transformado em destino principal de diversas romarias. Cansados das negativas, indiferença e rispidez da presidente Dilma Rousseff, parlamentares da base, governadores, ministros petistas, representantes de associações empresariais e sindicais, militares de alta patente, presidentes de órgãos do Judiciário e, até mesmo, integrantes da oposição buscam o gabinete de Michel Temer para suprir a falta de diálogo da Presidência. Somente nas duas primeiras semanas de julho, Temer recebeu 77 parlamentares, acomodados nos intervalos das agendas com governadores, empresários e representantes do Judiciário. A muitos deles, o vice tem dito que, caso o governo se inviabilize politicamente, não será ao lado de Cunha e Renan que ele buscará a recomposição nacional. Ele pretende aglutinar quadros como o ex-senador Pedro Simon, os ex-ministros do STF Carlos Ayres Brito e Joaquim Barbosa, e o empresário Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José Alencar. “Em nenhum instante ele fala em impeachment, mas deixa muito claro que caso venha a governar, seja agora ou em 2018, pretende fazer um governo que não fique refém de Cunha ou de Renan”, disse na manhã da quinta-feira 23 um dos interlocutores do vice-presidente.
Enquanto tenta promover a articulação política do governo, na condição de principal líder do PMDB, Temer trabalha para apresentar ao País uma nova alternativa de poder, uma vez que já anunciou que a legenda pretende ter candidato próprio em 2018. Sob seu comando, o programa nacional do partido que vai ao ar em cadeia de rádio e tevê no dia 28 de setembro irá repetir o slogan “não são as estrelas que me guiam, são as escolhas que vão me levar” e em seguida dirá: “As escolhas falam por nós”. Na prática, uma espécie de declaração de independência em relação ao PT. Nada impede, porém, que a separação, a princípio marcada para 2018, seja antecipada. Outra demonstração de alternativa real de poder está agendada para o dia 15 de outubro, com o primeiro Congresso Nacional do Partido, que levará o nome de Congresso Compromisso. Ali, o PMDB apresentará ao País um novo estatuto e 15 propostas concretas para o Brasil. Para elaborar esse tipo de carta de intenções, Temer tem se reunido com empresários, sindicalistas, representantes do agronegócio, membros do Judiciário e líderes de diversos partidos, inclusive da atual oposição como o DEM e o PSDB. Emissários do vice-presidente conversam semanalmente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Há alguns desses interlocutores Temer já manifestou que o PMDB deve lançar candidato próprio em 2018, mas que abrirá mão de disputar a eleição caso venha a ocupar a Presidência em razão de um impeachment de Dilma. Nesse cenário, afirma que chamara Lula, Marina Silva, Aécio Neves e outros presidenciáveis e dirá a eles para que construam suas candidaturas enquanto permitam que o governo trabalhe para recolocar o País nos trilhos, sem abrir mão do combate à corrupção.
Sem o poder da caneta presidencial, o vice costuma mais ouvir do que falar e assim vem conquistando a confiança de parlamentares e empresários. Atualmente, Temer tem priorizado o setor produtivo da Construção Civil e do Varejo, áreas que sofrem fortemente os impactos da crise econômica. Nas próximas semanas pretende abrir a agenda para os movimentos sindicais. A todos esses interlocutores o vice repete como se fosse um mantra que o País precisa avançar independentemente do combate à corrupção, que, segundo ele, deve ser implacável. “O problema não é combater a corrupção, mas precisamos tratá-la nas páginas policiais e não pautar a política pelos crimes ou pelos criminosos”, afirma Temer a vários líderes que o procuram. Na semana passada, o trabalho de Temer pela manutenção da governabilidade ultrapassou as fronteiras. Reportagem da revista Economist com o título “The Power Behind the Throne” (O poder por trás do trono”), diz que o vice-presidente faz o papel de primeiro-ministro e se reúne com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com mais frequência do que a própria presidente Dilma. A revista afirma ainda que, no governo atual, é o PMDB quem dá as cartas em Brasília. A Economist cita a estagnação econômica, a alta da inflação e a Operação Lava Jato para explicar por que, agora mais do que nunca, a presidente precisa do PMDB. A reportagem lembra que o PMDB tem mais cadeiras no Congresso e mais integrantes do que qualquer outro partido, incluindo os principais rivais da política brasileira, PT e PSDB.
O papel de Temer ganhou destaque no exterior depois de sua atuação em Nova York, onde permaneceu da segunda-feira 20 até a quarta-feira 22. Temer deu palestra em evento com advogados americanos e alunos da Universidade de Cornell e teve encontros reservados com empresários do setor de infra-estrutura. A agenda oficial de Temer nos Estados Unidos incluiu, ainda, almoço com 30 representantes de grandes grupos de investidores financeiros como Pimco, Goldman Sachs, JP Morgan e Nomura. Juntas, as empresas gerenciam fundos em dezenas de países que atingem cifras de U$ 14 trilhões, valor sete vezes maior do que o Produto Interno Bruto do Brasil. O objetivo era o de reconquistar a confiança desses investidores. Temer tentou relativizar a crise política e econômica do País e chamou de “alegria cívica” as manifestações populares que tomam as ruas para pedir a saída da presidente Dilma Rousseff. A ida do presidente da Câmara, Eduardo Cunha para a oposição foi chamada de uma “crisezinha política”, que, segundo Temer, não interfere na instabilidade institucional. “Na verdade, até uma crisezinha política existe, mas crise institucional é que não existe. Esses acidentes ou incidentes que acontecem de vez em quando não devem abalar a crença no País”, disse, para logo em seguida afirmar que se vier a ocupar o governo não abrirá mão do ministro Joaquim Levy.
A maior visibilidade ao pragmatismo político de Temer se deu exatamente na semana em que foi constatada a impopularidade recorde da presidente Dilma. Na terça-feira 21, pesquisa CNT/MDA apontou que o governo tem a pior avaliação registrada desde 1999. Dilma Rousseff tem apenas 7,7% de avaliação positiva dos brasileiros. Em março, o percentual era de 10,8%. A queda demonstra a resposta das ruas ao desgaste sofrido pelo governo devido às denúncias de corrupção, flagrantes de irregularidades, falhas na administração pública e alta inflacionária. De acordo com a pesquisa, 70,9% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. A pesquisa questionou, também, a opinião dos brasileiros em relação a um pedido de impeachment de Dilma. A saída da presidente foi apoiada por 62,8% dos consultados.
Os números negativos do governo e a radicalização política em torno do afastamento de Dilma exigem que o País seja pacificado. É nessa direção que o desafio de manter a governabilidade se impõe. Em outro momento emblemático da história do Brasil, na esteira do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, a celebração de um pacto nacional foi necessária para restaurar a tranquilidade institucional e fazer o País voltar a andar. A condução desse processo, na ocasião, coube ao vice de Collor, Itamar Franco. Em dezembro de 1992, Itamar convocou uma reunião com todos os líderes e presidentes de partidos e estabeleceu um governo de unidade nacional. Os frutos seriam colhidos mais adiante, em 1994, com a criação do Plano Real, que proporcionou a estabilidade da moeda e o fim da inflação. As duas conquistas foram fundamentais para abrir caminho para as políticas de distribuição de renda e inclusão social – iniciadas nos governos de FHC e aprimoradas nas gestões de Lula.
A fama de pacificador atribuída a Michel Temer remonta ao início da década de 90. Em 1992, ele assumia a Secretaria de Segurança de São Paulo, depois de ser procurador-geral do Estado, com uma missão das mais espinhosas: a de tentar resolver a profunda crise no setor ocasionada pela chacina dos presos do Carandiru. Em seu primeiro ato como secretário, Temer convocou a sociedade civil para participar da política de segurança. Arejou o gabinete. Recomendou à secretária que marcasse quantas audiências fossem necessárias por dia, mesmo que ele tivesse que madrugar em sua sala de trabalho. Pela primeira vez, representantes de entidades ligadas aos direitos humanos conquistaram assento no Conselho da Polícia Civil. O cenário encontrado por Temer na secretaria de Segurança Pública era desolador. Registrava-se 1421 mortes de civis em conflitos com a PM. Para alterar o quadro, reforçou as corregedorias e ordenou que agentes envolvidos em crimes contra civis fossem deslocados para áreas administrativas, depois de passarem por exames psiquiátricos. Em um ano, reduziu drasticamente as mortes para não mais que 350. Ganhou o respeito da população e a admiração da tropa. 23 anos depois, Temer se considera mais maduro, viu sua liderança extrapolar os limites do Estado de São Paulo, mas continua a apostar em uma arma fortíssima para romper as resistências: o diálogo. Arma essa que parece não existir no arsenal da presidente Dilma Rousseff.
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IRONIA OU PROFECIA?

Uma reportagem do jornal argentino Clarín, publicada quinta-feira (23/07) mostra que o líder cubano Fidel Castro fez, inadvertidamente, uma previsão certeira num encontro com jornalistas ocorrido em 1973.
O jornalista britânico Brian Davis perguntou a Fidel, que retornava de visita ao Vietnã, pouco depois do fim da guerra com os EUA:
- “Quando o senhor acredita que poderão ser
restabelecidas as relações entre Cuba e Estados Unidos, dois países tão distantes apesar da proximidade geográfica?”.
IRONIA OU PROFECIA?
Com a indefectível farda verde oliva; a barba negra a demonstrar poder e virilidade; e cara de quem comia criancinhas El Comandante disse:
"“Os Estados Unidos virão dialogar conosco quando tiverem um presidente negro e houver no mundo um Papa latino-americano.”
Claro que na época todos entenderam a ironia.
Mas hoje em dia, com Obama e o Papa Francisco na área,
e com o reatamento da relação entre Cuba e EUA, tem figuras da esquerda festiva brasileira (aquela que acredita em Deus),
a defender a imediata canonização de Fidel
Por antecipacion...
Via Facebook de Cláudio Teran
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A VEZ DE LULA

Da Veja
Léo e Lula são bons amigos. Mais do que por amizade, eles se uniram por interesses comuns. Léo era operador da empreiteira OAS em Brasília. Lula era presidente do Brasil e operado pela OAS. Na linguagem dos arranjos de poder baseados na troca de favores, operar significa, em bom português, comprar. Agora operador e operado enfrentam circunstâncias amargas. O operador esteve há até pouco tempo preso em uma penitenciária em Curitiba. Em prisão domiciliar, continua enterrado até o pescoço em suspeitas de crimes que podem levá-lo a cumprir pena de dezenas de anos de reclusão. O operado está assustado, mas em liberdade. Em breve, Léo, o operador, vai relatar ao Ministério Público Federal os detalhes de sua simbiótica convivência com Lula, o operado. Agora o ganho de um significará a ruína do outro. Léo quer se valer da lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff, a delação premiada, para reduzir drasticamente sua pena em troca de informações sobre a participação de Lula no petrolão, o gigantesco esquema de corrupção armado na Petrobras para financiar o PT e outros partidos da base aliada do governo.
Por meio do mecanismo das delações premiadas de donos e altos executivos de empreiteiras, os procuradores já obtiveram indícios que podem levar à condenação de dois ex-ministros da era lulista, Antonio Palocci e José Dirceu. Delatores premiados relataram operações que põem em dúvida até mesmo a santidade dos recursos doados às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff em 2010 e 2014 e à de Lula em 2006. As informações prestadas permitiram a procuradores e delegados desenhar com precisão inédita na história judicial brasileira o funcionamento do esquema de sangria de dinheiro da Petrobras com o objetivo de financiar a manutenção do grupo político petista no poder.
É nessa teia finamente tecida pelos procuradores da Operação Lava-Jato que Léo e Lula se encontram. Amigo e confidente de Lula, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro autorizou seus advogados a negociar com o Ministério Público Federal um acordo de colaboração. As conversas estão em curso e o cardápio sobre a mesa. Com medo de voltar à cadeia, depois de passar seis meses preso em Curitiba, Pinheiro prometeu fornecer provas de que Lula patrocinou o esquema de corrupção na Petrobras, exatamente como afirmara o doleiro Alberto Youssef em depoimento no ano passado. O executivo da OAS se dispôs a explicar como o ex-presidente se beneficiou fartamente da farra do dinheiro público roubado da Petrobras.
Para ler a continuação desta reportagem compre a edição desta semana de VEJA.
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